Luanda - O livro “A arte Rupestre de Angola, entre mitos, crenças e criações artísticas”, da autoria do professor francês Manuel Gutierrez, foi lançado nesta terça-feira, em Luanda, como forma de valorizar a arte africana.
O livro, publicado em bilingue, está disponivel ainda no formato digital, sob a chancela da editora SÉPIA. Conta com 121 páginas e várias ilustrações que espelham o potencial a nível das pinturas rupestres em Angola.
Para o professor Manuel Gutierrez, Angola tem muito locais de artes rupestre, desde o rio Zaire até ao rio Cunene, num total de 54 estações, sendo que apenas cinco ou seis são estudados.
Manuel Gutierrez referiu que o livro foi publicado em duas línguas para facilitar os professores e estudantes angolanos e franceses.
O professor deu uma explicão sobre os trabalhos desenvolvidos, que deram lugar ao livro "A arte rupestre de Angola", com destaque para a estações de pinturas rupestres de caringuiri, as gruta Nzau-Evua, em Mbanza Kongo, e a da Ndalambiri, no Kwanza Sul.
Chamou atenção para a necessidade de se levar a cabo projectos para a preservação destes sítios.
Ao longo de meio milénio de colonialismo, a arte africana foi considerada uma “arte de segunda categoria”, realizada por povos “incivilizados”.
Na ocasião, a embaixadora de França em Angola, Sophie Aubert, referiu que o trabalho de Manuel Gutierrez vem mostrar a grande relação existente entre os dois países, em termos culturais.
Sophie Aubert avançou ainda que a embaixada fará um esforço, no sentido de disponibilizar o livro no formato fisico, afim de facilitar maior acessibilidade do conteúdo.
“L’Art Rupestre d’Angola” dá a conhecer ao leitor a riqueza patrimonial angolana e os sítios arqueológicos pré-históricos, que se espalham por todo o território, principalmente no Sul. AMN/OHA