Moçâmedes – A Obra Poética Completa de António Agostinho Neto foi apresentada na quarta-feira, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe, numa cerimóhnia concorrida, sob iniciativa da Brigada Jovem de Literatura, no qdaro do centenário do Poeta Maior.
O evento contou com a presença de membros do Governo, da sociedade civil e estudantes, onde chegou ao público livros como Sagrada Esperança, Renúncia Impossível e Amanhecer.
Na ocasião, a vice-governadora para o sector técnico e infra-estrutura do Namibe, Ema da Silva, considerou as poesias de Agostinho Neto um “património” não só literário, mas histórico de África, dada forma como retrata de forma sensível a escravatura, o amor, a libertação nacional, a cultura e os costumes.
Disse serem narrativas intemporais que ainda hoje orientam os cidadãos angolanos a desempenharem de forma consciente o seu papel activo, com conhecimento da cultura e da sua identidade, tendo como missão de construir um só Povo e uma só Nação.
“As obras de Agostinho Neto demonstram a visão da luta da libertação e da afirmação do princípio de paz e de liberdade, mostra-nos o dever de que tem de existir o respeito pelos direitos fundamentais pela soberania e integridade territorial”, acrescentou.
Por sua vez segundo o delegado provincial da Brigada Jovem de Literatura do Namibe, Antoninho Candimba Zambango, expressou que as acções no âmbito do centenário do Poeta Presidente, comemorado em 2022, vão continuar.
Para o jovem escritor, essa reverência é o reflexo da dimensão “infindável” de Agostinho Neto, um dos mais importantes precursores do moderno nacionalismo angolano, que engajou a sua poesia nas estratégias de luta pela autodeterminação, transformando-a numa implacável arma de denúncia e de combate. FA/MS