Huambo – Apesar do “novo normal”, os hábitos e costumes da cultura ovimbundo, estiveram em evidência no Carnaval, com a demonstração de danças locais.
Cor, alegria, emoção e homenagens as principais figuras do Entrudo na região marcaram o evento, decorrido no pavilhão gimnodesportivo da cidade Baixa, sob lema “Com o Carnaval, somos Angola – somos cultura”.
Apesar do novo formato, em sede das medidas de restrição impostas pela pandemia da Covid-19, grupos de danças tradicionais com trajes ousadas e confeccionadas com tecido samakaka, características desta região, para eventos do género, bem como a exibição de palhaços (homens mascarados), localmente conhecidos por “ovinganjdi”, tiveram no evento outro momento bastante importante.
Canções sobre os ganhos da Independência Nacional, o crescimento do ensino, a elevação dos valores culturais também foram transmitidas pelos grupos convidados ao evento que durou, aproximadamente, quatro horas.
Longe do público e sem concorrentes, a actividade ficou marcada com homenagens aos grupos carnavalescos Brinca na Área e Okutiuka (infantis), Velha Guarda e Ovinjenje (classe A) e Katiavala (dança tradicional).
Também foram distinguidos, entre outros, os promotores culturais Hito Capitalista, Pires Daniel Martelo do Arraso, Nicolau Benoliel Cardeau, Velho Picha e Benjamim Chieque, este último a título póstumo.
A exibição cultural do evento, testemunhado pela governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, acompanhada de várias personalidades ligadas ao mundo da política, magistratura, ao poder tradicional, entre outras áreas, coube aos grupos Nzinga Mbandi, Ongonjo, grupos Kativala e Ovinjenje, além dos músicos Mam Jacy, Zenaide Cachiungo e do trio Picantes.