Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, admitiu nesta quinta-feira, em Luanda, que o país está mal servido em termos de infra-estruturas desportivas e culturais.
Ao intervir no diálogo com a juventude, que decorre nesta altura na capital do país, apontou como principal causa a ineficiência dos gestores.
Conforme o Chefe de Estado, apesar de, provavelmente, não se ter investido o suficiente, foram, no entanto, erguidas infra-estruturas culturais e desportivos que bem cuidadas podem e podiam responder à demanda das duas classes.
“O país gastou milhões de dólares para construir os estádios de futebol para o CAN2010, mas por má gestão estão num estado de total degradação. Temos que repensar a forma de gestão das infra-estruturas construídas no país para não deixar morrer”, assinalou.
Nos últimos 10 anos, o país viu surgir estádios em Benguela, Huíla, Cabinda e Luanda, no âmbito do CAN2010, e infra-estruturas culturais (bibliotecas e mediatecas) em Luanda, Bié, Malanje, Huambo.
Ainda no domínio da cultura, existe o projecto de requalificação da Tourada e do Teatro Avenida, cuja obra está paralisada há mais de três anos.
O encontro, que decorreu no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda, aconteceu “no espírito da sua presidência aberta e na sequência de outros realizados em Julho e Outubro de 2019, respectivamente nas cidades do Soyo (Zaire) e Cuito” (Bié).
Participaram neste diálogo com o Chefe de Estado representantes de dezenas de associações juvenis e outras afins, ligadas à actividade dos jovens, nos planos profissional, educativo, religioso, do activismo político e social, empreendedorismo, da cultura, desporto e ambiente.
Recentemente, o Estadista angolano recebeu em audiência o presidente do Conselho Nacional da Juventude, Isaías Calunga, com quem analisou preocupações ligadas à habitação para jovens, formação técnico-profissional, ao emprego e à inserção no sistema de ensino.
O encontro acontece numa altura em que grupos juvenis da sociedade civil se têm vindo a manifestar em protesto contra a subida do custo de vida, exigir mais transparência no combate à corrupção, melhores condições de vida, entre outras.