Ondjiva – Os promotores de eventos na cidade de Ondjiva, capital da província do Cunene, advogam a necessidade de se imprimir maior facilidade e celeridade na atribuição de licenças de legalização das festas de fim de ano.
Segundo António Machado, um dos promotores de eventos, ainda verifica-se por parte da administração municipal do Cuanhama alguma morosidade e burocracia na emissão das licenças que autorizam a realização de festas e shows, no período da passagem de ano.
Ao intervir durante um encontro entre agentes culturais e administração do Cuanhama, que visou abordar questões organizacionais da quadra festiva, o promotor disse que a demora na entrega de documentos acaba por criar constrangimentos, tendo apelado mais rapidez na renovação do processo, com vista a incentivar os organizadores a legalizarem as actividades.
António Machado esclareceu que a falta de espaços apropriados para acolher eventos, dificulta o nível de organização e promoção de festas de fim de ano na cidade capital.
Outro o promotor de eventos que também manifestou-se preocupado com a mesma situação foi Marcial Vieira, que apontou o valor da licença cobrado pela administração, que ronda entre os 25 e 30 mil kwanzas, como elevado, em função da pouca arrecadação que se obtém nas festas promovidas.
Já Igor António, também organizador de eventos, solicitou uma actuação mais pedagógica dos efectivos da Polícia Nacional, cuja acção deve estar baseada na lei, porque vezes há que chegam e levam os aparelhos sem antes manterem um prévio contacto com o proprietário.
Por outro lado, o comandante municipal da Polícia Nacional no Cuanhama, superintendente Danilson Baptista, apelou aos promotores no sentido de colaborarem com as autoridades e evitarem situações desagradáveis durante as comemorações do natal e da passagem de ano.
Lembrou que devem pautar pela organização, desde as licenças e legalização dos espaços, assim como incentivou os mesmos a denunciarem os actos que atentem contra ordem e tranquilidade pública.
Por seu turno, a administradora municipal adjunta para Área Económica e Financeira do Cuanhama, Laime Aníbal, disse que o encontro visou rever questões organizativas que promovem mais harmonia na quadra festiva.
Referiu que, nos últimos anos, tem se registado com bastante preocupação muitas denúncias em torno da poluição sonora em horário de descanso nos bairros de Ondjiva, o que deve ser corrigido.
Laime Aníbal exortou os fazedores de cultura a renovarem os documentos com máxima urgência possível, bem como orientou a direcção municipal do Turismo e Cultura do Cuanhama, a conferir mais celeridade na entrega dos processos.
Actualmente, o gabinete municipal do Turismo e Cultura do Cuanhama controla nove agentes culturais e promotores de eventos.
O município do Cuanhama conta com 360 mil e 491 habitantes, dos quais 113 mil e 280 residem em 26 bairros da cidade de Ondjiva, os restantes nas comunas da Môngua, Evale, Oshimolo e Nehone. PEM/LHE/QCB