Luanda - A secretária de Estado da Família e Promoção da Mulher, Elsa Barber, reconheceu, este sábado, existirem poucos espaços para a prática de actividades culturais no país.
Ao intervir na abertura do 1ª Encontro Literário-Cultural, Internacional e Multidisciplinar "ELCIM", que se realiza de 25 a 30 de Setembro, Elsa Barber referiu que, apesar da carência de espaços, muito tem sido feito pelos fazedores das artes para o enriquecimento e valorização da cultura nacional.
Elsa Barber afirmou que a literatura é a arte da palavra e, como tal, serve para a transmissão de conhecimentos e a cultura de uma comunidade, onde se pode conhecer o passado e os seus usos.
Apesar dos parcos investimentos e espaços, Elsa Barber destacou o facto de haver mulheres que apostam no mundo das artes, em particular no literário.
"Temos aqui, nesse espaço uma mera oportunidade de promovermos a leitura e a produção textual, que tem se mostrado como fonte de importantes debates e discussões de pesquisadores da educação, mostrando indicadores para outras ciências complementares", sublinhou.
Por sua vez, Sara Fialho, membro da organização do evento, frisou ser com "bastante" orgulho que, durante cinco dias, terão a oportunidade de mostrar que a literatura feminina tem força no país e que a sua representação não se restringe a dois ou três rostos masculinos, por serem apresentados em eventos internacionais.
Adiantou ser pretensão da organização pretender reunir escritoras nacionais e estrangeiras, maioritariamente mulheres e jovens, para que, com as suas obras, demonstrarem as suas performances.
Segundo Sara Fialho, é pretensão da organização transformar a cidade de Luanda, que acolhe milhares de pessoas, numa grande festa consagrada as artes, literatura, música, artes plásticas, poesia, entre outras.
"O espaço vai servir de oportunidade para discussão da temas da actualidade no contexto da criação, produção, circulação da literatura e das artes angolanas e do mecenato", finalizou.
A 1ª edição do ELCIM visa dar visibilidade à criação artístico e cultural das mulheres menos conhecidas, nacionais e estrangeiras, nas áreas da poesia, música, artes plásticas/escultura, teatro, cinema/documentário, gastronomia e exposição de artes típicas de Angola.