Huambo – O representante da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC-SA) no Huambo, Benvindo Serafim "Ti Chini”, incentivou, esta quinta-feira, os fazedores de cultura a registarem as suas obras antes da publicação, para evitar plágio.
Ao falar à ANGOP, sobre a situação dos artistas e compositores filiados na UNAC- Sociedade de Autores, disse que as obras discográficas, letras e outros trabalhos devem estar sempre documentados, para evitar que, após ao lançamento público, outros indivíduos, dentro e fora do país, se intitulem como verdadeiros autores da ideia.
“Temos registado casos de artistas que estão num estúdio a gravar uma música para um projecto e, antes de o lançar no mercado, a mesma obra começa já a ser tocada ou cantada em outros círculos”, denunciou o responsável.
Esta prática, segundo Ti Chini, tem enriquecido, de forma fraudulenta, alguns artistas e empobrecido outros, daí a necessidade de os agentes culturais passarem a registar as suas obras na UNAC-SA, independentemente, da tipologia, para que, sempre que se sentirem vítimas de plágio ou de outra infracção, tenham legitimidade de notificar o gabinete jurídico da organização.
Apelou aos artistas a requerem as suas carteiras profissionais na Comissão da Carteira, para maior facilidade em casos de litígios, incluindo de recepção de dividendos em caso de as músicas serem tocadas em espaços comerciais, entre hotéis, bares e outras plataformas, com foco no aumento da contribuição da segurança social.
Informou que para o registo é necessário a entrega de um processo de identificação, a obra em disco, cartão de memória ou pendrive e a letra das músicas.
Salas de espectáculo melhoram exposição de obras
Segundo o responsável, a entrada em funcionamento do Centro Cultural do Huambo, previsto para Agosto próximo, vai melhorar a exposição e apresentação de obras diversas, como teatro, música, dança e cinema, produzidas por artistas locais, no âmbito do fomento da indústria cultural da província.
Acrescentou que o cento vai, igualmente, melhorar e dignificar a qualidade do trabalho dos artistas do Huambo, permitindo, desta forma, o aparecimento de muitos grupos de teatro, que desapareceram por conta da dificuldade de salas de espectáculo.
A UNAC na província do Huambo controla mais de 800 artistas, sendo apenas 30 possuidores da carteira profissional. ZZN/ALH