Berlim - O ataque ao aeroporto internacional de Abha, no sul da Arábia Saudita, reivindicado quinta-feira pelos rebeldes houthis do Iémen, foi uma "violação da lei internacional" que protege áreas civis, denunciaram quinta-feira diplomatas alemães, franceses e britânicos.
Os três países afirmam "condenar veementemente" este acto e sublinham numa declaração conjunta que os "contínuos ataques deste tipo, que visam especificamente áreas civis em violação do direito internacional, ilustram a gravidade da ameaça representada pela proliferação de drones para a estabilidade da região".
Os rebeldes houthis do Iémen alegaram que atacaram alvos militares, mas a coligação liderada pelos sauditas falou de um "crime de guerra" que punha civis em perigo.
A escalada ocorre em meio a uma tentativa de apaziguamento, depois que os Estados Unidos revisaram a sua política para o Iémen, aumentando a esperança de uma retomada do processo de solução política de um conflito que já dura vários anos.
O ataque coincidiu com a visita a Riade do novo enviado americano ao Iémen, Timothy Lenderking, que se encontrou com o chefe da diplomacia saudita, o príncipe Faisal bin Farhan, segundo fonte oficial.
A coligação liderada pela Arábia Saudita tem apoiado militarmente o governo do Iémen desde 2015 contra os rebeldes.
A guerra no Iémen causou dezenas de milhares de mortes e milhões de deslocados, segundo organizações internacionais, e causou a pior crise humanitária actual no mundo, segundo a ONU.