Bagdad - Pelo menos três foguetes que tinham como alvo a embaixada dos Estados Unidos na Zona Verde de Bagdad caíram esta madrugada nos arredores deste bairro que alberga instituições governamentais e representações diplomáticas, informou um oficial de segurança iraquiano.
Questionado pela agência de notícias France-Presse (AFP), um responsável militar norte-americano confirmou que foram accionados alarmes e escutados "sons prováveis de impactos" nas imediações da embaixada e da base Union III, que acolhe as tropas da coligação internacional na Zona Verde.
Trata-se do primeiro ataque à embaixada norte-americana em Bagdad desde que, em meados de Outubro, grupos armados pró-iraquianos lançaram dezenas de foguetes e ataques com aeronaves não tripuladas (drones) contra soldados norte-americanos ou forças da coligação internacional destacadas no Iraque ou na vizinha Síria.
Desde o fim da trégua entre Israel e o grupo islamita Hamas que terminou a 01 de Dezembro, os grupos armados pró-iraquianas retomaram os ataques contra os soldados norte-americanos e as forças da coligação internacional.
Estas facções justificam os ataques com o apoio dos Estados Unidos a Israel.
A maioria destes ataques foi reivindicada pela "Resistência Islâmica no Iraque", formada por grupos armados filiados na Hashd al-Shaabi, uma coligação de antigos paramilitares integrados nas forças regulares.
No total, Washington contabiliza pelo menos 78 ataques contra as suas tropas no Iraque e na Síria desde 17 de Outubro, dez dias após o início da guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento palestiniano em solo israelita.
Em represália, Washington confirmou vários ataques contra combatentes pró-iraquianas no Iraque.
A 03 de Dezembro, a coligação internacional disse ter efectuado um ataque de "auto-defesa" na província de Kirkuk, no norte do país, contra "cinco combatentes que se preparavam para lançar um drone de ataque", segundo um comunicado do comando militar norte-americano no Médio Oriente.
Os cinco foram mortos.
Os Estados Unidos também bombardeou por três vezes na Síria locais ligados ao Irão. CNB/GAR