Damasco - Trinta membros de forças pró-regime da síria foram mortos numa série de ataques simultâneos do grupo Estado Islâmico (EI) nas vastas regiões desérticas da Síria, informou hoje o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), citado pela Reuters.
Segundo o OSDH, sediado no Reino Unido mas que conta com uma vasta rede de fontes no país em guerra, "quatro militares e 26 membros das Forças de Defesa Nacional", uma milícia auxiliar do exército, morreram nestes ataques que tiveram como alvo posições militares e postos de controlo.
Os ataques aconteceram em Badia, o vasto deserto que se estende desde a província central de Homs até à fronteira leste com o Iraque, passando pela província de Deir Ezzor.
Segundo o director do OSDH, Rami Abdel Rahman, o número de vítimas deverá aumentar, já que alguns dos feridos estão em estado grave.
O grupo terrorista que controla regiões no Iraque e na Síria, baseia a sua ideologia em interpretações radicais do Islamismo, intensificando recentemente os seus ataques na Síria, especialmente a partir das áreas desérticas para onde os seus combatentes recuaram após a perda, em 2019, dos vastos territórios que controlava neste país.
Depois de uma ascensão meteórica ao poder em 2014, na Síria e no Iraque, o grupo “jihadista” viu o seu auto-proclamado "califado" vacilar sob a influência de sucessivas ofensivas lançadas nestes dois países com o apoio de uma coligação anti-jihadista internacional.
A derrota do EI na Síria foi declarada em 2019 (e no Iraque em 2017), mas a coligação permaneceu no país para lutar contra as células “jihadistas” que continuam a operar no país.
O conflito na Síria matou mais de meio milhão de pessoas desde 2011, devastou infra-estruturas e provocou cerca de sete milhões de refugiados e seis milhões de deslocados internos. CNB/GAR