Ataques contra Houthis do Iémen foram "necessários e proporcionais"

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  • Luanda     Sexta, 12 Janeiro De 2024    09h42  
Primeiro Ministro Britânico, Rishi Sunak
Primeiro Ministro Britânico, Rishi Sunak
Divulgação

Londres - O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, garantiu hoje que ataques lançados contra rebeldes houthis foram "limitados, necessários e proporcionais".

O PM do Reino Unido falava em retaliação pelas ofensivas contra navios destes no mar Vermelho.

Num comunicado, Sunak confirmou que aviões da Força Aérea Real Britânica lançaram "em legítima defesa", "ataques direccionados" contra vários locais utilizados pelos houthis, em conjunto com forças dos Estados Unidos.

"Apesar dos repetidos avisos da comunidade internacional, os houthis continuaram a realizar ataques no Mar Vermelho, novamente esta semana contra navios de guerra britânicos e americanos. Isto não pode continuar", disse o chefe de Governo.

Sunak lamentou que as acções dos rebeldes do Iémen que descreveu como irresponsáveis e desestabilizadoras, estejam "a causar grandes perturbações numa rota comercial" e a fazer "subir os preços das matérias-primas".

As principais companhias marítimas a nível mundial continuam a ajustar as suas rotas para evitar transitar por este trajecto marítimo, através do qual transita quase 15% do comércio marítimo global, incluindo 8% do comércio mundial de cereais, 12% do comércio petrolífero e 8% do comércio mundial de gás natural liquefeito.

"O Reino Unido defenderá sempre a liberdade de navegação e o livre fluxo de comércio", acrescentou o primeiro-ministro britânico.

A acção foi tomada com "apoio não operacional" dos Países Baixos, Austrália, Canadá e Bahrein para "degradar as capacidades militares dos houthis e proteger o transporte marítimo global", acrescentou Sunak.

No início desta semana, Londres tinha anunciou que uma fragata, a HMS Richmond, estava a caminho do Mar Vermelho, onde já se encontrava o navio de guerra britânico HMS Diamond, para combater os ataques dos houthis.

Os ataques aéreos atingiram a capital do Iémen, Sanaa, e em outras cidades controladas pelos rebeldes apoiados pelo Irão, como Hodeida e Saada, disse hoje o canal de televisão Houthi Al-Massirah.

Em resposta, os houthis lançaram hoje mísseis de cruzeiro e balísticos contra navios de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido no mar Vermelho, disse uma fonte dos rebeldes à agência de notícias espanhola EFE.

Estes ataques marcam a primeira resposta militar aos 27 ataques com 'drones' e mísseis lançados desde 19 de Novembro contra navios comerciais pelos houthis que alegam que os seus ataques visam parar a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza e reivindicam ataques contra alvos com ligação a Israel.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quarta-feira uma resolução que exigia que os houthis cessassem imediatamente os ataques e que condenou implicitamente o principal fornecedor de armas aos rebeldes, o Irão.

Houthis atacam navios dos EUA e Reino Unido em resposta aos ataques

Os rebeldes houthis do Iémen lançaram hoje mísseis de cruzeiro e balísticos contra navios de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido no mar Vermelho, em resposta aos bombardeamentos destas forças contra várias províncias do país árabe.

Esta informação foi adiantada por fonte dos rebeldes houthis à agência de notícias espanhola EFE.

"O nosso país tem sido alvo de agressões massivas por parte de navios, submarinos e aviões de guerra norte-americanos e britânicos, e não há dúvida de que os Estados Unidos e o Reino Unido terão que estar preparados para pagar um preço alto", realçou

o vice-ministro dos Negócios Estrangeiro houthi, Hussein al Ezzi, na rede social X.

Hussein al Ezzi também realçou que quer Washington, quer Londres, irão "suportar as terríveis consequências desta agressão flagrante".

Segundo testemunhas consultadas pela EFE, dois dos atentados em Sanaa tiveram como alvo a base aérea de Al Dailami, localizada no aeroporto da capital, enquanto outros dois ataques aéreos em Taiz atingiram posições militares e também o seu campo de aviação.

Na cidade portuária de Al Hodeida, de onde os houthis lançaram muitos dos ataques contra navios mercantes, os bombardeamentos atingiram diferentes posições perto do seu aeroporto, enquanto alguns quartéis militares na cidade de Saada também sofreram o impacto dos ataques.

O membro do gabinete político houthi, Ali al Quhom, referiu no X que quer Sanaa, quer outras províncias iemenitas "estão a ser bombardeadas por aviões americanos e britânicos" e descreveu estes ataques como "guerra aberta".

"A batalha será maior e vai além da imaginação e das expectativas dos americanos e dos britânicos. É uma guerra aberta", frisou o líder insurgente, que garantiu que os EUA e o Reino Unido "irão arrepender-se do seu ataque".

Al Quhom confirmou que os Houthis "estão agora a responder com força aos navios de guerra americanos e britânicos no mar Vermelho", onde garantiu que "uma guerra furiosa" está em curso.

"Locais e bases militares americanas e britânicas serão atacadas, e o próximo passo será maior", acrescentou.

Os ataques aéreos dos EUA e Reino Unido atingiram a capital do Iémen e outras cidades controladas pelos rebeldes, apoiados pelo Irão, de acordo com o canal de televisão houthi.

A "agressão norte-americana, com participação britânica" atingiu Sanaa, Hodeida e Saada, disse Al-Massirah, referiu.

As forças norte-americanas e britânicas bombardearam vários locais utilizados pelos rebeldes houthis do Iémen, num ataque de retaliação às ofensivas dos insurgentes contra a navegação no mar Vermelho.

A ofensiva foi executada com recurso a mísseis Tomahawk e caças lançados por navios de guerra e tiveram como alvo centros logísticos, sistemas de defesa aérea e locais de armazenamento de armas, de acordo com as mesmas fontes dos EUA.

Em comunicado, o Presidente norte-americano Joe Biden explicou que autorizou o ataque conjunto com o Reino Unido, que contou com o apoio da Austrália, Bahrein, Canadá e Países Baixos.

Este ataque militar coordenado ocorreu apenas uma semana depois de a Casa Branca e uma série de nações parceiras terem emitido um aviso final aos houthis para cessarem os ataques, sob pena de enfrentarem uma potencial acção militar.

Desde o início da guerra, em 07 de Outubro, entre Israel e o grupo islamita do Hamas, os Houthis, que controlam grande parte do Iémen, intensificaram os ataques no Mar Vermelho, com o objectivo de abrandar o tráfego marítimo internacional, alegando agir em solidariedade com os palestinianos de Gaza.

Os Estados Unidos, um dos maiores aliados de Israel, criaram, em Dezembro, uma coligação internacional para proteger o tráfego marítimo dos ataques Houthi naquela zona estratégica por onde passa 12% do comércio mundial. GAR





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