Biden debateu com equipa de segurança nacional ameaças terroristas

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  • Luanda     Quinta, 19 Agosto De 2021    22h20  
Joe Biden, Presidente dos EUA
Joe Biden, Presidente dos EUA
Divulgação

Washington - O Presidente dos EUA, Joe Biden, debateu hoje, com a sua equipa de segurança nacional, possíveis ameaças terroristas contra americanos no Afeganistão, que poderiam incluir ataques do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

Um responsável da Casa Branca disse, em comunicado, que na reunião também foram analisados os esforços diplomáticos, a situação de segurança e últimas informações sobre a situação no país.

Biden e a sua vice-Presidente, Kamala Harris, foram também informados sobre a operação de repatriamento dos americanos e dos seus parceiros afegãos do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul, capital do país.

Os oficiais de segurança nacional informaram que as forças norte-americanas retiraram 7.000 pessoas do Afeganistão desde 14 de agosto e 12.000 desde o final de Junho.

A reunião com Biden e Harris contou com a presença dos secretários de Estado, Antony Blinken, e de Defesa, Lloyd Austin, bem como do chefe do Estado-Maior, general Mark Milley, do diretor dos Serviços de Informações, Avril Haines, e do conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

O Pentágono disse hoje que os EUA tinham conseguido acesso adicional ao aeroporto de Cabul para acelerar a evacuação.

De acordo com os dados de que dispões, existem actualmente mais de 5.200 militares dos EUA na capital afegã e o seu aeródromo permanece "seguro e aberto para operações de voo".

Ainda, segundo o Pentágono, os talibãs não estão a interferir no processo de repatriamento dos americanos, embora tenham admitido que há relatos de que estão a bloquear o acesso ao aeroporto aos afegãos que querem partir em voos dos EUA.

Biden disse que as tropas norte-americanas poderiam permanecer em Cabul depois de 31 de Agosto para completar a retirada de cidadãos norte-americanos, numa entrevista dada à ABC News realizada na quarta-feira.

Segundo o Presidente, há ainda 10.000 a 15.000 americanos no Afeganistão, que precisam de ser repatriados, além de 50.000 a 65.000 afegãos e suas famílias que os Estados Unidos querem retirar do país.

Kirby salientou hoje que ainda não foi tomada qualquer decisão para alterar o prazo de 31 de Agosto para completar a retirada de todas as tropas dos EUA do Afeganistão.

Os EUA foram forçados a acelerar a retirada dos restantes americanos no Afeganistão e seus aliados, e, por isso, tiveram de ser enviados reforços militares para garantir a segurança do aeroporto, na sequência do rápido avanço dos talibãs, que passaram a controlar no último domingo.

Os chefes da diplomacia dos sete países mais ricos do mundo (G7) apelaram hoje aos talibãs para que garantam a passagem e a "segurança" dos estrangeiros e afegãos que desejam sair do Afeganistão, país controlado desde domingo pelos radicais.

"Os ministros [dos Negócios Estrangeiros] do G7 apelaram aos talibãs para que garantam a passagem segura dos estrangeiros e dos afegãos que desejam partir" do território afegão, referiu Dominic Raab, o chefe da diplomacia do Reino Unido (país que detém atualmente a presidência rotativa do G7), numa declaração.

O grupo do G7 é composto pelo Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos da América (EUA).

Após uma ofensiva relâmpago, os talibãs tomaram Cabul no domingo passado, o que assinalou o seu regresso ao poder no Afeganistão, 20 anos depois de terem sido expulsos pelas forças militares estrangeiras (EUA e NATO).

Foi o culminar de uma ofensiva que ganhou intensidade a partir de Maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista, que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.

Depois de terem governado o país de 1996 a 2001, impondo uma interpretação radical da 'Sharia' (lei islâmica), teme-se agora que os radicais voltem a impor um regime de terror, nomeadamente ao nível dos diretos fundamentais das mulheres e das raparigas.



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