Washington - O Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu hoje "agir rapidamente" perante as dificuldades económicas dos norte-americanos, criadas pela pandemia de covid-19, insistindo no seu plano de resgate, mesmo sem o apoio dos republicanos.
"Vejo muita dor neste país (...), muita gente está a perder a esperança (...). Vou agir e vou agir rapidamente", disse Biden, numa comunicação a partir da Casa Branca.
"Eu gostaria de fazer isso com o apoio dos republicanos (...), mas eles simplesmente não estão prontos para ir tão longe quanto é necessário", acrescentou, Biden, manifestando desconforto pela falta de entendimento com a oposição no Congresso sobre o seu plano de emergência, num valor próximo de 1,5 biliões de euros.
Ainda assim, hoje de madrugada, o Senado aprovou uma moção orçamental que abre caminho ao bilionário plano de ajuda económica contra a pandemia de covid-19, na primeira grande medida legislativa do Presidente e apesar das resistências dos republicanos.
No final de uma maratona de debates no Capitólio, a votação terminou com 51 votos a favor e 50 contra, dividindo os campos republicano e democrata e obrigando ao voto decisivo de desempate da vice-Presidente democrata, Kamala Harris, ao abrigo da Constituição.
Dezenas de emendas foram propostas, algumas com o apoio de senadores de ambos os partidos, como a que proíbe a concessão de ajuda direta, no valor de 1.400 dólares, a pessoas com famílias de rendimentos elevados.
A votação de hoje não aprova já o plano de emergência proposto pelo Governo de Joe Biden, mas, com o figurino de moção orçamental, abre o caminho a que os democratas venham a aprovar este pacote de cerca de 1,5 biliões de euros com uma maioria simples de votos, limitando as possibilidades de bloqueio por parte dos republicanos.