Seul - Os ministros dos Negócios Estrangeiros da China, Japão e Coreia do Sul reúnem-se pela primeira vez em quatro anos no próximo domingo, na cidade sul-coreana de Busan, soube-se hoje de fonte oficial.
O anúncio surge numa altura em que os três países procuram 'descongelar' as relações tensas devido à crescente rivalidade entre a China e os Estados Unidos da América, que é o principal aliado do Japão e Coreia do Sul em matéria de Defesa.
No encontro participarão os ministros dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, Park Jin, e os seus homólogos chinês e japonês, Wang Yi e Yoko Kamikawa, respectivamente.
"Durante a reunião, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Coreia, Japão e China tencionam trocar opiniões sobre a direcção do desenvolvimento da cooperação trilateral e sobre a situação regional e internacional, incluindo os preparativos para a realização da 9ª Cimeira Trilateral", declarou o ministério.
Vão ainda ser realizadas reuniões bilaterais à margem do evento.
As reuniões trilaterais dos chefes da diplomacia dos três países realizaram-se todos os anos, desde 2007 até à última reunião em Pequim (China), em Agosto de 2019, antes de serem suspensas durante a pandemia da covid-19.
A reunião deste domingo ocorre numa altura em que os três países preparam-se para realizar uma cimeira trilateral anual entre o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na Coreia do Sul, este ano ou no início de 2024.
Yoon encontrou-se com Li em Jacarta, em Setembro, durante a cimeira da Asean, pediu a cooperação da China para a realização de uma cimeira trilateral este ano. Li disse que Pequim iria "responder activamente" ao pedido de Yoon, de acordo com o gabinete presidencial sul-coreano.
Para além dos atritos entre a China e os Estados Unidos, a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros decorre no meio de tensões crescentes na península coreana, com a Coreia do Sul e a Coreia do Norte a restabelecerem as medidas perto da linha de demarcação militar, depois de a Coreia do Norte ter lançado um satélite militar esta semana.DSC