China diz ser difamatória declaração conjunta sobre direitos humanos

     Mundo           
  • Luanda     Segunda, 14 Junho De 2021    12h25  

Pequim - O Governo chinês considerou hoje difamatória a declaração final da cimeira do G7 que pediu ao seu país respeito pelos direitos humanos, especialmente na província chinesa de Xinjiang, e a garantia de um alto nível de autonomia de Hong Kong.

"A declaração distorce os factos sobre Xinjiang, Hong Kong, Taiwan e outros assuntos para difamar deliberadamente a China", disse, através de um comunicado, um porta-voz da embaixada chinesa no Reino Unido.

"Além disso, interfere nos assuntos internos da China, o que viola as regras que regem as relações internacionais. Estamos muito insatisfeitos e opomo-nos firmemente a isso", acrescentou na nota.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, foi à cimeira do G7 -realizada na semana passadas na Cornualha, no Reino Unido - com o objectivo de angariar apoio dos seus aliados ocidentais contra a China e a Rússia e para que o grupo tomasse medidas contra os chineses.

A declaração do grupo expressou a sua oposição às "práticas anti-concorrência" da China e às violações dos direitos humanos em Xinjiang, exigindo que o Governo chinês garanta um "alto nível de autonomia" à região autónoma de Hong Kong.

"A China não deve ser difamada", disse hoje o porta-voz chinês, acrescentando que o país asiático "defenderá a sua soberania nacional e os seus interesses de segurança e desenvolvimento".

"A comunidade internacional precisa de unidade em vez de grupinhos que semeiam divisões. A China adora a paz e defende a cooperação, mas também tem as suas linhas vermelhas", disse.

Diversas potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, denunciaram em Maio à ONU alegados abusos do Governo chinês contra a minoria uigure e outros grupos étnicos residentes na província Xinjiang (noroeste da China), aumentando a pressão contra Pequim, que nega todas as acusações qualificando-as como pretextos para atingir o país.

Esses países denunciaram a existência de graves abusos na província - com minoria uigure a sofrer prisões em massa, tortura e trabalhos forçados - e alguns governos, incluindo os Estados Unidos, falaram da existência de um "genocídio".

A representação chinesa no Reino Unido também afirmou hoje que "as origens da pandemia não devem ser politizadas", em resposta ao pedido do G7 de lançar uma investigação completa e exaustiva para encontrar as origens da covid-19.

"Os políticos dos Estados Unidos e outros países ignoram os factos e a ciência. Questionam e negam abertamente as conclusões do relatório conjunto realizado pelo grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e acusam a China sem fundamento", referiu a nota.

"A China espera que esses países cooperem para investigar as origens da pandemia juntamente com a OMS de maneira científica, objectiva e justa", acrescentou o comunicado.

No final de Maio, a China e os Estados Unidos voltaram a entrar em conflito com os chineses devido às dúvidas sobre a origem da covid-19, depois de os serviços de informação de Washington ressuscitarem a teoria de que a pandemia começou num laboratório na cidade de Wuhan.

Na passada quinta-feira, a União Europeia exigiu "transparência" neste assunto e juntou-se aos apelos dos EUA para saber como e onde surgiu o vírus SARS-CoV-2.

Por sua vez, a China negou, em Março, ter ocultado dados ou dificultado o trabalho dos cientistas da OMS que viajaram a Wuhan em Janeiro e Fevereiro, onde foi detectado o primeiro surto global.

Em seguida, a China garantiu que forneceu "todos os dados disponíveis" e defendeu a continuação do estudo da origem do vírus "em outras partes do mundo".





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