Cinquenta milhões de pessoas forçadas a trabalhar ou casar

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  • Luanda     Segunda, 12 Setembro De 2022    11h42  
Sede das Nações Unidas
Sede das Nações Unidas
Pedro Parente

Nova Iorque - A escravatura moderna aumentou em todo o mundo nos últimos anos, impulsionada pela pandemia de covid-19, com quase 50 milhões de pessoas forçadas a trabalhar ou a casar no ano 2021, revelou hoje a ONU.

A informação consta no último relatório publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela Organização Internacional para as Migrações (IOM) - duas agências da ONU - com a organização não governamental Walk Free Foundation.

Segundo o documento, a ONU quer erradicar este flagelo até 2030, mas no ano 2021 havia mais 10 milhões de pessoas em situação de escravatura moderna do que as estimativas globais para 2016.

Pelo menos 27,6 milhões eram pessoas submetidas a trabalhos forçados e 22 milhões casadas contra sua vontade.

Mulheres e meninas representam mais de dois terços das pessoas forçadas ao casamento e quase quatro em cada cinco delas estavam em situação de exploração sexual comercial, segundo o relatório.

No total, representam 54 por cento dos casos de escravidão moderna.

A pandemia - que causou a deterioração das condições de trabalho e aumento do endividamento dos trabalhadores - fortaleceu as fontes da escravidão moderna em todas as suas formas.

Nos últimos anos, segundo o relatório, a multiplicação das crises - a pandemia, mas também os conflitos armados e as alterações climáticas - provocaram perturbações sem precedentes em termos de emprego e educação, o agravamento da pobreza extrema, o aumento de migrações forçadas e perigosas, a explosão de casos de violência de género.

Em todo o mundo, quase uma em cada 150 pessoas é considerada um escravo moderno.

Num comunicado de imprensa, o director-geral da OIT, Guy Ryder, considera "chocante que a situação da escravatura moderna não esteja a melhorar".

E apela aos governos, mas também aos sindicatos, às organizações patronais, à sociedade civil e ao cidadão comum para que combatam esta violação fundamental dos direitos humanos.

O director-geral da OIM, António Vitorino, apelou a que toda a migração "seja segura, ordenada e regular".

"Reduzir a vulnerabilidade dos migrantes ao trabalho forçado e ao tráfico de pessoas depende, acima de tudo, de políticas nacionais e estruturas legais que respeitem, protejam e cumpram os direitos humanos e liberdades fundamentais de todos os migrantes", sublinhou.





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