Comunidade Política mostra que Europa não está dividida - Macron

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  • Luanda     Sexta, 07 Outubro De 2022    07h33  
Presidente de França, Emmanuel Macron (arquivo)
Presidente de França, Emmanuel Macron (arquivo)
Lino Guimarães

Praga – O Presidente francês, Emmanuel Macron, considerou esta quinta-feira que a reunião inaugural da Comunidade Política Europeia mostrou a “unidade de 44 países europeus” na condenação clara da agressão militar russa à Ucrânia, contrariando a ideia de que a Europa poderia ser dividida.

"Mostrámos a unidade de 44 países europeus, que afirmaram muito claramente a sua condenação da agressão russa e o apoio à Ucrânia. E isso tem muito valor, porque por vezes há dúvidas sobre a divisão da Europa, e demos uma mensagem de unidade todos juntos", declarou Emmanuel Macron, na conferência de imprensa após a primeira reunião deste novo fórum.

Macron, que lançou, em Maio passado, a ideia desta comunidade política, explicou que o objectivo de reunir "44 Estados soberanos" em Praga foi a de "a Europa se ver como um continente, independentemente das organizações existentes, e discutir entre Estados soberanos e iguais os seus problemas comuns", comentando que era disso que o continente precisava.

Igualmente presente na conferência de imprensa, o anfitrião do evento, o primeiro-ministro checo, considerou que a reunião foi um sucesso.

"O nosso objectivo comum era criar uma plataforma informal onde possamos cooperar, partilhar ideias e desenvolver soluções para devolver a paz e prosperidade à Europa, e creio que fomos bem-sucedidos", disse Petr Fiala.

"Não queremos substituir formatos existentes de cooperação, não adoptámos nenhuma resolução oficial, apenas sentíamos a necessidade de termos espaço para trocas de pontos de vista informais sobre acontecimentos em curso na Europa e no resto do mundo", mas com atenção especial "à guerra lançada pela Rússia na Ucrânia", destacou.

Por fim, a Presidente da Moldova, país que acolherá, no primeiro trimestre de 2023, a segunda reunião da Comunidade Política Europeia, destacou também que, "ao estabelecer esta comunidade nestes tempos difíceis, um dos primeiros objectivos é agir juntos para que a paz sustentável e respeito pela lei internacional sejam restaurados por todo o continente europeu", o que "começa por ajudar a Ucrânia a restaurar a sua integridade territorial".

"Estamos unidos em condenar a agressão russa contra a Ucrânia e a anexação ilegal dos seus territórios", disse Maia Sandu.

Proposta originalmente pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, numa altura em que já estava em curso a agressão militar russa à Ucrânia, esta Comunidade Política Europeia juntou quinta-feira em Praga 44 líderes europeus, sublinhando o isolamento de Moscovo na cena internacional, e designadamente europeia.

Além dos 27 Estados-membros da União Europeia, participam neste fórum seis países dos Balcãs Ocidentais (Albânia, Macedónia do Norte, Kosovo, Sérvia, Bósnia e Herzegovina e Montenegro), os países do trio associado que recentemente pediram a adesão à UE (Geórgia, Moldova, Ucrânia), Arménia e Azerbaijão, bem como os quatro países da EFTA, a Associação Europeia do Comércio Livre (Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein) e ainda o Reino Unido e a Turquia, representados em Praga pela primeira-ministra britânica, Liz Truss, e pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

A Ucrânia esteve presencialmente representada pelo primeiro-ministro Denis Shmyhal, mas o Presidente, Volodymyr Zelensky, interveio por videoconferência, saudando esta nova iniciativa política e fazendo votos para que esta plataforma se torne uma verdadeira "Comunidade Europeia de Paz".

À chegada ao Castelo de Praga, o primeiro-ministro português, António Costa, fez hoje votos para que a "importante experiência" da cimeira inaugural da Comunidade Política Europeia tenha "sucesso", dado os desafios globais actuais exigirem respostas globais "o mais reforçadas possíveis".

Questionado sobre se esta cimeira isola a Rússia, António Costa sublinhou que "a Rússia isolou-se a si própria pela forma como, em clara violação do direito internacional, desencadeou uma guerra ilegítima, brutal, desumana, como a tem vindo a conduzir ainda por cima, contra a Ucrânia e o seu povo".



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