Conflito Israel-Hamas

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  • Luanda     Sexta, 24 Novembro De 2023    23h08  
Mapa da Faixa de Gaza
Mapa da Faixa de Gaza
Divulgaçao

Gaza - O primeiro grupo de 13 reféns israelitas foi esta tarde libertado pelo Hamas, como parte do acordo mediado pelos Estados Unidos, pelo Qatar e pelo Egipto no inicio desta semana.

O grupo foi entregue à Cruz Vermelha e cruzou a fronteira com o Egipto, antes de ser transferido para Israel, após 49 dias de cativeiro na Faixa de Gaza pelo Hamas. Além desses, 10 cidadãos da Tailândia e um das Filipinas também foram libertados.

Pouco depois, as autoridades israelitas libertaram 39 palestinianos que se encontravam em prisões israelitas, cujo grupo integra adolescentes e mulheres.

Segundo as Forças Armadas israelitas (FDI), os sequestrados já se encontram em Israel, depois de terem sido submetidos a uma avaliação  médica.

“As nossas forças estão acompanhar os repatriados até chegarem às suas famílias nos hospitais", disseram as Forças Armadas de Israel, no X (antigo Twitter), pouco antes das 19h00 locais.

Ajuda de Espanha para tratamento de palestinos em hospitais egípcios

O Governo espanhol prometeu enviar quatro toneladas de material médico para hospitais do Egipto onde estão a ser tratados doentes e feridos retirados da Faixa de Gaza, anunciou hoje o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

"Quero expressar o reconhecimento ao Egipto pelo papel fundamental que está a desempenhar em muitos níveis para fazer frente à guerra actual em Gaza", disse Sánchez, no Cairo, numa declaração aos jornalistas ao lado do Presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sisi, e do primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo.

Segundo Sánchez, as quatro toneladas de material médico serão entregues aos hospitais egípcios através do mecanismo europeu de protecção civil, o que disse ser um exemplo do compromisso de toda a União Europeia no apoio às autoridades do Cairo (Egipto).

Sánchez e de Croo, líderes dos Governos dos países que têm a actual e a próxima presidência semestral do Conselho da União Europeia (UE), reuniram-se hoje no Cairo com Al-Sisi, no final de uma deslocação, em conjunto, ao Médio Oriente.

Na quinta-feira, Sánchez e de Croo estiveram em Israel e na Cisjordânia, onde se reuniram com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas.

Sánchez disse hoje que o Egito, que tem um ponto de passagem fronteiriço com a Faixa de Gaza, tem sido "decisivo para a entrega de ajuda humanitária" e a retirada de estrangeiros e de pessoas que precisam de tratamento médico no território palestiniano, que tem há quase dois meses todos os outros acessos bloqueados por Israel.

Espanha reconhece esforços do Egipto

O primeiro-ministro espanhol reconheceu hoje no Cairo (Egipto) os esforços "e capacidades de mediação e diplomáticas" do Egipto na guerra em curso entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza (Palestina), que controla o pequeno território e é considerado um grupo terrorista pela União Europeia (UE).

Sánchez reiterou igualmente o desejo de que a trégua de alguns dias na guerra, que começou hoje, para troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, entre Israel e o Hamas, "crie as bases para um cessar-fogo humanitário duradouro".

O primeiro-ministro espanhol insistiu ainda na proposta de uma conferência de paz internacional para solucionar o conflito, o que tem de passar pelo reconhecimento dos dois Estados (israelita e palestiniano).

Por seu turno, o Presidente do Egipcio, Abdel Fattah Al-Sisi, apelou à contenção do conflito em Gaza e ao envio de mais ajuda humanitária para o território por parte da comunidade internacional.

Segundo Al-Sisi, cerca de 75% da ajuda que chegou até agora a Gaza e aos palestinianos que saíram do território foi prestada pelo Egipto.

A guerra entre Israel e o Hamas fez até agora pelo menos 15.000 mortos, na maioria civis, e 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.

O conflito iniciou a 7 de Outubro deste ano após um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Portugal e Eslovénia defendem "solução diplomática" para paz

Portugal e Eslovénia defenderam hoje, junto do Governo israelita, que o conflito com o grupo islamita Hamas não será resolvido pela via militar, pedindo uma "solução diplomática" que permita "uma paz sustentável" com vista à implementação dos dois Estados.

Num encontro em Sderot, sul de Israel, os ministros dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, e eslovena, Tanja Fajon, transmitiram ao homólogo israelita, Eli Cohen, condolências pelos ataques do grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de Outubro, que fizeram cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns, enquanto deploraram também o elevado número de mortos na Faixa de Gaza resultado dos ataques israelitas.

"Quero apresentar as nossas mais profundas condolências e a nossa solidariedade a todos aqueles que sofreram estas atrocidades e esta violência às mãos do Hamas no dia 07 de Outubro. Todo o Estado português, toda a população portuguesa estão solidários", declarou o governante português.

Sobre a situação em Gaza, Gomes Cravinho sublinhou que as autoridades portuguesas estão "extremamente preocupadas e perturbadas com o elevado número de vítimas civis", salientando a necessidade de procurar uma solução além da militar.

Por seu lado, a ministra Tanja Fajon considerou que "cada vida inocente é uma vida a mais".

"Estamos unidos no apoio a Israel, lutando juntos contra o terrorismo e contra todas as formas de extremismo", disse a governante eslovena.

Israel promete continuar guerra após trégua até eliminar Hamas

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, garantiu hoje que "Israel vai continuar a guerra" após a trégua de quatro dias iniciada esta manhã até "eliminar todos os terroristas do Hamas".

"É importante sublinhar que Israel vai continuar a guerra depois da pausa, até eliminarmos todos os terroristas do Hamas", declarou o chefe da diplomacia israelita, após um encontro com os homólogos português, João Gomes Cravinho, e eslovena, Tanja Fajon, que realizam hoje uma visita conjunta a Israel.

"Mais do que isso, é importante sublinhar que só há um responsável pelo massacre de 07 de Outubro, pela guerra que começou depois, pelos nossos reféns e também pelo sofrimento do povo em Gaza, que é o Hamas", acrescentou o governante israelita, que falava em Sderot, sul de Israel, depois de ter acompanhado os dois homólogos europeus numa visita ao 'kibbutz' de Kfar Aza, atacado por militantes do grupo islamita em 07 de outubro e situado a cerca de 1,5 quilómetro da Faixa de Gaza.

"Estamos a trabalhar para eliminar o Hamas. Penso que todas as nações devem apelar à libertação de Gaza [das mãos] do Hamas, para a segurança de Israel e do povo de Gaza", acrescentou.

Hezbollah diz que cumprirá trégua desde que Israel não ataque o Líbano

O movimento xiita libanês Hezbollah declarou hoje que cumprirá à trégua de quatro dias acordada entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, desde que o exército israelita não ataque o sul do Líbano.

"Aderimos à trégua declarada em Gaza com a condição de Israel não atacar o sul do Líbano", disse uma porta-voz do grupo em declarações ao jornal libanês L'Orient-Le Jour.

"Se isso acontecer, certamente não ficaremos de braços cruzados", ameaçou o porta-voz.

De acordo com informações recolhidas pela agência de notícias estatal libanesa (NNA), a zona sul do país tem atravessado um período de calma nas últimas horas, coincidindo com a entrada em vigor, hoje às 07:00 horas locais da trégua acordada entre Israel e o Hamas, nomeadamente estabelecida para a troca de reféns e para a ajuda humanitária.

O vice-presidente do conselho executivo do Hezbollah, xeque Ali Damush, afirmou hoje que "o inimigo sionista só aceitou a trégua até ter falhado na sua tentativa de quebrar a resistência, quebrar a vontade do povo de Gaza e de os expulsar da sua terra".

"Também não o conseguirão se renovarem a agressão, pois a resistência é firme, capaz e preparada para o confronto, não importa quanto tempo dure", sublinhou Damush.

"É verdade que os israelitas mataram mais de 14 mil civis, feriram dezenas de milhares de habitantes de Gaza e destruíram grandes partes da Faixa, mas não foram capazes de matar o espírito de resistência entre o povo de Gaza", argumentou o responsável do Hezbollah.

Sublinhou ainda que "o resultado da resistência e da paciência significará uma vitória no final".

O Hezbollah, grupo apoiado pelas autoridades iranianas, está envolvido em combates com o exército israelita na sequência dos ataques levados a cabo pelo Hamas em 07 de Outubro em Israel.

A situação está a suscitar receios de uma expansão do conflito para o Líbano ou para toda a região.

Egipto espera prolongamento da trégua

O Presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sisi, manifestou-se hoje esperançado de que a trégua na Faixa de Gaza seja prolongada para permitir mais trocas de reféns e prisioneiros, e mais entregas de ajuda ao enclave palestiniano.

A trégua de quatro dias entrou em vigor hoje às 07h00 locais após mais de um mês e meio de guerra, como parte de um acordo para libertar 50 reféns em troca de 150 prisioneiros palestinianos.

"Esperamos que seja prolongada para a entrega de mais reféns e prisioneiros (...) e também para a entrega de mais ajuda", disse Al-Sisi ao lado dos primeiros-ministros espanhol, Pedro Sánchez, e belga, Alexander de Croo, no Cairo.

O líder egípcio disse que está a falar com a comunidade internacional porque é "importante que entre ajuda suficiente" em Gaza, sob fogo de Israel desde o ataque do Hamas em solo israelita em 07 de Outubro.

"Digo com humildade que o Egipto enviou quase 70 ou 75 por cento da ajuda, apesar da nossa situação económica", disse Al-Sisi, referindo-se à grave crise económica que afecta o país.DSC





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