Donald Trump diz-se vítima de uma caça às bruxas política

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  • Luanda     Domingo, 07 Janeiro De 2024    10h02  
Ex-presidente dos EUA, DonaldTrump (Foto arquivo)
Ex-presidente dos EUA, DonaldTrump (Foto arquivo)
Divulgação

Washington - O ex-Presidente norte-americano Donald Trump agarrou-se sábado à imagem de vítima de uma caça às bruxas política, pedindo o apoio dos republicanos num comício sem quase fazer referência ao assalto ao Capitólio, que faz três anos.

"Se eu não estivesse a concorrer, ou se estivesse em quinto lugar nas sondagens, eles não me teriam acusado. Tudo isto é uma questão política", afirmou o republicano, que foi Presidente entre 2017 e 2021, num evento em Iowa.

Desafiador e agressivo, Trump fez poucas referências ao ataque ao Capitólio, que cumpre hoje três anos, nas suas quase duas horas de discurso: "Ninguém pensava que o dia 06 de Janeiro fosse sequer uma possibilidade".

Trump enfrenta acusações criminais num tribunal federal da capital norte-americana pelo que aconteceu, ao interromper a transferência pacífica de poder para Joe Biden e espalhar teorias falsas sobre fraude eleitoral.

Algumas das teorias que voltou hoje a insistir: "Os democratas da esquerda radical manipularam as eleições presidenciais de 2020 e não vamos permitir que manipulem as eleições presidenciais de 2024".

Em 06 de Janeiro de 2021, apoiantes de Trump invadiram o Capitólio com o objectivo de interromper a sessão parlamentar em que seria certificada a vitória de Biden nas eleições de 2020, obrigado os legisladores a esconderem-se e a polícia a confrontar-se com os invasores.

O assalto ao Capitólio aconteceu depois de Trump, num comício em frente à Casa Branca, ter instado a multidão a dirigir-se ao Congresso e "lutar com todas as suas forças".

Cinco pessoas morreram, quatro agentes da polícia suicidaram-se posteriormente, 1.250 pessoas foram acusadas e 890 condenações já foram proferidas.

O caso do Capitólio é apenas um dos quatro processos penais que enfrenta o ex-Presidente, que hoje voltou a insistir, sem provas, que Joe Biden está a utilizar "como nunca antes" a justiça como "arma" contra si.

"Cada vez que os democratas, comunistas e fascistas de esquerda radical me acusam considero uma grande medalha de honra", acrescentou Trump, que indicou que actualmente "os procuradores são mais poderosos que os políticos".

O republicano, favorito do seu partido nas sondagens para se tornar o candidato presidencial, falava num evento em Iowa, onde as primárias do partido arrancam em 15 de Janeiro.

As primárias de Iowa servem tradicionalmente como ponto de partida para medir o apoio de cada candidato na trajectória até a Casa Branca e, consciente de sua relevância, hoje Trump também fez duras críticas aos rivais republicanos que, embora distantes nas pesquisas, também aspiram a enfrentar nas urnas Joe Biden, o candidato democrata. Os mais citados foram Nikki Haley e Ron DeSantis.

Segundo a média das pesquisas elaboradas pelo 'site' FiveThirtyEight, Trump está 50 pontos percentuais à frente do governador da Flórida (11,3% de apoio) e do ex-embaixador dos EUA na ONU (11,3%).

"Ao alcançar uma vitória massiva em Iowa, enviaremos uma mensagem estrondosa diretamente ao corrupto Joe Biden, aos media de notícias falsas e a todas as pessoas más e sinistras que estão a tentar destruir a nossa nação", disse Trump.

O ex-Presidente fez estas declarações poucas horas depois de o Supremo Tribunal ter aceitado o caso relativo à sua expulsão das primárias do Partido Republicano no Colorado.

O mais alto tribunal dos Estados Unidos terá de estabelecer uma posição nacional sobre se Trump pode participar nas eleições presidenciais de 2024 ou se, pelo contrário, o papel que desempenhou no ataque ao Capitólio em 2021 o torna inelegível.

A audiência pública para estudar o caso será no dia 08 de Fevereiro, embora ainda não se saiba quando o Supremo Tribunal irá proferir a decisão.

Trump advertiu também que haverá "grandes problemas" se o Supremo Tribunal não decidir a seu favor sobre ser elegível para as presidenciais deste ano.

"Só espero que consigamos um tratamento justo (...) porque se não o fizermos, o nosso país estará em grandes apuros", salientou. JM



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