Especialista em catástrofes diz que número de vítimas de sismos vai subir

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  • Luanda     Quarta, 08 Fevereiro De 2023    18h08  

Lisboa - O especialista em Medicina de Catástrofes Nelson Olim avisou esta quarta-feira que o balanço provisório de vítimas dos sismos que abalaram a Turquia e a Síria ainda deve estar muito aquém do que serão os números reais.

Em declarações à Lusa, o médico português Nelson Olim, que trabalha actualmente para a Organização Mundial da Saúde (OMS), disse: “Isto vai naturalmente escalar, ainda estamos muito no princípio".

Habituado a lidar com este tipo de desastres naturais, Nelson Olim lembrou que "o número de mortos e feridos cresce exponencialmente nos primeiros dias" e sublinhou que não é difícil acreditar em valores muito mais altos.

"Quando se ouve falar que 6.000 edifícios ruíram, basta pensar que, se houvesse uma pessoa em cada edifício, seriam 6.000 mortos, mas se estivessem 10 pessoas em cada edifício, o número será de 60.000 mortos", apontou.

Em relação aos feridos, o especialista indicou que, em geral, "por cada morto, há, pelo menos, três a quatro feridos".

"Se me disserem 'neste momento há 10.000 mortos', posso rapidamente imaginar que há, pelo menos, 30.000 a 40.000 feridos", referiu Nelson Olim, adiantando que, desses, uma fatia de cerca de 10% a 15% terá, "provavelmente, morrido nas primeiras 24 horas", mas ainda há muitos outros para contabilizar.

O balanço provisório do sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter que atingiu o sudeste da Turquia e o norte da vizinha Síria na segunda-feira - e que foi seguido de várias réplicas - ultrapassava hoje ao início da tarde os 11.200 mortos.

Segundo o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o país já regista 8.574 mortos, enquanto na Síria, que vive em guerra há mais de uma década, foram retirados 2.662 corpos dos escombros.

Para Nelson Olim, a prioridade agora deverá ser o grupo de pessoas que vai necessitar de cuidados médicos, como cirurgias, nos primeiros sete dias.

A estratégia a adoptar - e que já está em curso - "passa por trazer recursos de fora das zonas afectadas para montar hospitais de campanha que possam cuidar das pessoas", enquanto o "plano B" passa por levar os feridos para áreas que ainda estão intactas e onde ainda há alguma capacidade para actuar, defendeu o especialista.





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