Washington - O Congresso norte-americano aprovou esta quinta-feira um pacote de 2.100 milhões de dólares para reforçar a segurança do Capitólio, em Washington, e aumentar os vistos para afegãos que trabalharam para o exército dos Estados Unidos da América (EUA).
A iniciativa, avaliada em 1.766 milhões de euros, foi aprovada por unanimidade pelos 98 congressistas que estiveram presentes no Senado e teve o apoio de 416 membros da Câmara dos Representantes, enquanto 11 votaram contra, faltando apenas a assinatura de Joe Biden para se tornar lei.
Os senadores dos partidos Democrata e Republicano chegaram, esta semana, a um acordo sobre os detalhes do documento.
A missiva relaxa algumas regras de migração para que os requerentes de asilo do Afeganistão possam procurar refúgio nos EUA o mais rápido possível, uma vez que as tropas norte-americanas e da OTAN planeiam abandonar o país do Médio Oriente antes do final de Agosto e há receio de que os talibãs possam retaliar.
Como resultado, o plano pode permitir que oito mil afegãos tenham acesso a vistos e, além disso, 500 milhões de dólares (420,5 milhões de euros) serão destinados para que saiam do Afeganistão com urgência.
Da mesma forma, os fundos de segurança vão permitir que a polícia do Capitólio substitua o equipamento que perdeu durante o ataque em 06 de Janeiro por uma multidão de manifestantes pró-Trump, que pretendia impedir a vitória eleitoral de Joe Biden.
A lei também vai, entre outras, permitir proteger os salários dos polícias e melhorar a segurança das janelas e portas de todos prédios da sede parlamentar, além da instalação de câmaras de vigilância.
As autoridades estimam que em 06 de Janeiro cerca de 10 mil pessoas marcharam em direcção ao Capitólio e cerca de 800 invadiram o edifício.
Na manifestação, cinco pessoas morreram e cerca de 140 polícias foram atacados por pró-Trump.
Até o momento, cerca de 550 pessoas foram indiciadas por acusações relacionadas ao ataque, incluindo 165 acusados de crimes de agressão às autoridades.