Washington – O presidente dos EUA, Joe Biden, vai aproveitar o discurso do Estado da União para anunciar um plano para que os militares dos EUA estabeleçam um porto temporário na costa de Gaza, para aumentar a ajuda humanitária.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai anunciar, durante o discurso do Estado da União desta quinta-feira, um plano para estabelecer um porto temporário de ajuda humanitária na costa da Faixa de Gaza, avança a imprensa internacional.
Segundo fontes governamentais norte-americanas, a infra-estrutura temporária vai aumentar a quantidade de assistência humanitária aos palestinianos em "centenas de camiões" por dia. No entanto, o porto não vai contar com a presença das tropas americanas, servindo exclusivamente para receber "grandes navios que transportam alimentos, água, medicamentos e abrigos temporários".
O porto temporário vai demorar "algumas semanas" a ser instalado, e os primeiros carregamentos chegarão através de Chipre, onde Israel realizará inspecções de segurança.
Ainda não é claro quem vai assegurar a ajuda humanitária em terra, o que significa que continuam por responder questões cruciais sobre a possibilidade de sucesso da operação.
Biden já tinha mencionado esta ideia pela primeira vez na passada semana, quando admitiu a hipótese de criar um corredor marítimo, explicando que os EUA estavam a trabalhar com aliados para fornecer assistência a Gaza.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta semana que várias crianças estão a morrer à fome no norte de Gaza, onde cerca de 300 mil palestinianos vivem com pouca comida e água potável.
Os camiões de ajuda humanitária têm entrado no sul de Gaza através da passagem de Rafah, controlada pelo Egipto, e de Kerem Shalom, controlada por Israel. Mas o norte de Gaza, que foi o foco da primeira fase da ofensiva israelita, tem estado praticamente isolado da assistência nos últimos meses, afirmam fontes governamentais norte-americanas.
A 29 de Fevereiro mais de 100 palestinianos morreram ao tentarem chegar a um camião de bens essenciais. O Ministério da Saúde palestiniano afirmou que os civis foram alvejados pelas tropas israelitas, mas Israel defende que a maior parte das pessoas morreu numa debandada. JM