Madrid - O ex-líder do Partido Popular (PP) da Catalunha e ex-vice-presidente do Parlamento Europeu, Alejo Vidal-Quadras, foi baleado, esta quinta-feira, na via pública, em Madrid, Espanha. De acordo com o jornal espanhol ABC, o crime aconteceu pelas 13h30 locais, na rua Núñez de Balboa, no centro da capital espanhola.
A publicação adiantou ainda que o político, de 78 anos, estava a caminhar na rua quando foi interpelado pelo atirador, que disparou à queima-roupa.
As forças de segurança criaram pouco depois um perímetro de segurança para procurar um motociclista com um capacete negro suspeito de estar envolvido.
Fontes oficiais confirmaram que a investigação está a cargo da Unidade de Homicídios da Polícia espanhola e que, até agora, nenhum suspeito foi detido.
Vidal-Quadras foi transportado para um hospital ainda consciente, mas os ferimentos são considerados graves.
O caso está a ser investigado pela Polícia Nacional e, até ao momento, não foi efectuada qualquer detenção.
O crime aconteceu horas após o antigo político ter criticado o acordo entre o partido socialista espanhol (PSOE) e os independentistas Juntos pela Catalunha (JxCat) para a viabilização de um novo Governo de esquerda em Espanha.
O acordo fechado pelo PSOE, liderado por Pedro Sánchez, e pelo partido do antigo presidente do governo regional da Catalunha Carles Puigdemont, foi assinado esta manhã em Bruxelas, onde vive e é eurodeputado o independentista catalão.
"Já se acordou o infame pacto entre Sánchez e Puigdemont que tritura o Estado de Direito e termina com a separação de poderes em Espanha. A nossa nação deixará de ser uma democracia liberal para se converter numa tirania totalitária. Nós espanhóis não o permitiremos", escreveu na rede social X.
Alejo Vidal-Quadras foi eurodeputado pelo Partido Popular entre 1999 e 2014, tendo assumido funções como vice-presidente do Parlamento Europeu entre 2004 e 2007.
Em 2022, após 30 anos de filiação, abandonou o PP, alegando uma falta de democracia interna e por discordâncias com a direcção nacional, acabando por juntar-se ao partido de extrema-direita Vox, embora lá só tenha permanecido durante um ano, devido também a divergências com a direcção.
O Presidente do PP, Alberto Nuñez Feijóo, já comentou o sucedido e pediu às forças de segurança uma rápida investigação.
"Apelo à rápida investigação para que se esclareça o que aconteceu", afirmou Feijóo.MOY/CS