Grande parte dos países celebra acordo alcançado na COP28

     Mundo           
  • Luanda     Quarta, 13 Dezembro De 2023    15h08  

Abu Dhabi - O acordo alcançado hoje na Cimeira do Clima do Dubai (COP28), que pela primeira vez apelou ao abandono gradual dos combustíveis fósseis, foi celebrado pela maioria dos países e organizações, noticiou a imprensa internacional.

De acordo com a agência de notícias AFP, o acordo foi bem recebido pela presidência da COP28 assumida pelos Emirados Árabes Unidos (EAU), pelos Estados Unidos, pela União Europeia (UE), pela França, Espanha, Holanda, pelos países árabes, mas foi menos comemorado pela Austrália.

As Nações Unidas e Samoa, que falaram em nome das pequenas ilhas, foram mais comedidos na celebração do pacto e a China apelou aos países desenvolvidos que assumam a liderança na transição energética global.

O presidente da COP28, Sultan Al-Jaber, declarou que este pacto é histórico para o combate das alterações climáticas.

"Penso que todos ficarão felizes porque, num mundo abalado pela guerra na Ucrânia e no Médio Oriente e por todos os outros desafios de um planeta em dificuldades, há motivos para estarmos optimistas, para estarmos gratos e para nos felicitarmos aqui, juntos", disse o enviado para o clima dos Estados Unidos, John Kerry.

Já o vice-ministro do Ambiente chinês, Zhao Yingmin, declarou que "os países desenvolvidos têm uma responsabilidade histórica e indiscutível nas alterações climáticas: devem assumir a liderança no compromisso com o caminho até aos 1,5 graus" e em "alcançar a neutralidade carbónica o mais rápido possível".

O Presidente francês, Emmanuel Macron, saudou "este passo importante" que "envolve o mundo numa transição sem combustíveis fósseis", ao mesmo tempo que apelou à "aceleração" da luta contra o aquecimento global.

Macron saudou também, na rede social X, o reconhecimento do "papel fundamental da energia nuclear", defendida pela França, paralelamente à necessidade de triplicar as energias renováveis.

Anteriormente, a ministra francesa da Transição Energética, Agnès Pannier-Runacher, tinha destacado "uma vitória do multilateralismo e da diplomacia climática".

"O fim ou pelo menos o abandono dos combustíveis fósseis (...) é uma das melhores notícias que poderíamos receber do Dubai", disse o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, ao Parlamento Europeu em Estrasburgo.

"Pela primeira vez, o mundo fala sobre a retirada dos combustíveis fósseis", afirmou o ministro do Clima holandês, Rob Jetten.

Segundo o dirigente holandês, "mais ambição é sempre bom, mas o objectivo [de limitar o aquecimento] dos 1,5 graus deve ser ainda atingido".

"O grupo árabe expressa a sua gratidão aos grandes esforços da presidência dos EAU e da sua equipa", disse a representante da delegação saudita na COP28, Albara Tawfiq, que preside o grupo árabe na ONU Clima, saudando "o grande sucesso" da conferência.

Tawfiq citou as conquistas obtidas no texto final, como as tecnologias de retenção e armazenamento de carbono, promovidas pelos países produtores de petróleo para poderem continuar a produzir combustíveis fósseis.

"O resultado não vai tão longe como muitos de nós pedíamos, começando pelos países mais vulneráveis. Mas a mensagem enviada é clara: todas as nações do mundo reconhecem que o nosso futuro reside na energia limpa e que a era dos combustíveis fósseis vai terminar", disse o ministro do Clima australiano, Chris Bowen.

A Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS, na sigla em inglês), particularmente ameaçada pelas alterações climáticas, manifestou reservas e preocupações após a adoção do texto, que considera insuficiente.

"Demos um passo em frente relativamente ao 'status quo', mas é de uma mudança exponencial que verdadeiramente precisávamos", declarou Anne Rasmussen, representante das Ilhas Samoa, que preside a AOSIS.

Após o anúncio do acordo, o Brasil instou os países desenvolvidos a liderar a transição energética e fornecer "os meios necessários" às nações em desenvolvimento.

"É fundamental que os países desenvolvidos assumam a liderança na transição para o fim dos combustíveis fósseis", afirmou a ministra do Ambiente brasileira, Marina Silva, apelando também a que sejam "assegurados os meios necessários aos países em desenvolvimento".AM/DSC





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