Nova Iorque - O secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou hoje, em Nova Iorque, que se encontrará na próxima semana, durante a Assembleia-Geral, com os Presidentes da Ucrânia, da Turquia, e com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.
"Na próxima semana irei receber o Presidente Zelensky, o Presidente Erdogan e o ministro Lavrov e, obviamente, esta questão (acordo dos cereais) estará na mesa das nossas discussões", disse o líder da Organização das Nações Unidas (ONU).
"Não vou dizer se estou optimista ou pessimista, a única certeza que podem ter é que continuo determinado em fazer todos os possíveis para restabelecer o Acordo dos Cereais do Mar Negro, a exportação de alimentos ucranianos e também a facilitação, dentro do regime de sanções, de alimentos e fertilizantes russos", acrescentou.
O ex-primeiro-ministro português frisou que se encontrará separadamente com Zelensky, Erdogan e Lavrov.
Esta será a primeira comparência de Zelensky na Assembleia-Geral da ONU, que levará a Nova Iorque dezenas de chefes de Estado e de Governo de todo o mundo, entre eles o Presidente norte-americano, Joe Biden.
Questionado sobre a eventualidade da guerra na Ucrânia voltar a dominar as atenções da Assembleia-Geral em detrimento de outros temas fraturantes, como a Agenda 2030, os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ou conflitos em outras partes do planeta, António Guterres salientou hoje que há espaço para vários assuntos serem abordados durante o evento.
"Não queremos ter apenas um foco, temos a possibilidade de ter vários focos. Acho que é muito importante que exista uma discussão séria sobre a Ucrânia, assim como sobre a Cimeira dos ODS (...). Acredito que há espaço para todos os problemas serem seriamente discutidos e não temo que as diferentes crises que estamos a testemunhar, em diferentes partes do mundo, possam tirar da agenda a importância dos ODS", declarou o líder da ONU.
De acordo com o secretário-geral, este é um "momento único" para os líderes de todos os cantos do globo não só avaliarem o estado do mundo, mas também agirem em prol do bem comum.DSC