Palestina - O movimento islâmico Hamas deu hoje conta de mais 16 mortos nos ataques israelitas à Faixa de Gaza, que controla, o que faz aumentar para 83 o total de palestinianos mortos desde o início das hostilidades, na segunda-feira.
Além de um total de 83 óbitos, incluindo 17 crianças, 487 pessoas ficaram feridas, indicou o Hamas, após uma nova noite de ataques aéreos de Israel no enclave e de disparo de 'rockets' a partir de Gaza em direcção ao território israelita.
Esta foi a terceira noite de hostilidades entre Israel e grupos armados palestinianos em Gaza..
As salvas de 'rockets' contra território israelita levaram ao desvio de todos os voos em direcção ao aeroporto internacional Ben Gurion de Telavive.
Os Estados Unidos anunciaram o envio de um emissário a Israel e aos territórios palestinianos para exortar, uma vez mais, à paragem da violência, enquanto a Rússia apelou a uma reunião de urgência do Quarteto para o Médio Oriente (União Europeia, EUA, ONU e Rússia).
A volência entre Israel e o Hamas iniciou-se na segunda-feira após semanas de tensões israelo-palestinianas em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo, nesta zona da cidade ilegalmente ocupada e anexada pelo Estado hebreu, de acordo com a lei internacional.
O exército israelita indicou ter realizado 600 bombardeamentos na Faixa de Gaza, território bloqueado por Israel há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de palestinianos.
As milícias do Hamas e da Jihad Islâmica dispararam cerca de 1.600 'rockets' contra território israelita, que mataram sete pessoas, incluindo uma criança e um soldado, e deixaram centenas de feridos.
Interrogado sobre a eventualidade de uma invasão terrestre, o porta-voz do exército, Jonathan Conricus, disse a jornalistas que há unidades "prontas", mencionado "preparativos para operações terrestres em diferentes etapas".
Israel tem sido confrontado com uma outra "frente" com tumultos em cidades judaico-árabes, levando o ministro da Defesa, Benny Gantz, a ordenar hoje o reforço "de forma massiva" das forças de segurança naquelas localidades.
"Estamos numa situação de emergência (...) e agora é necessário reforçar de forma massiva as forças no terreno", declarou num comunicado, anunciando o destacamento de 10 companhias de guardas fronteiriços, que normalmente operam na Cisjordânia ocupada.