Hong Kong (China) - Quatro líderes do grupo que promovia vigílias anuais sobre o chamado "massacre de Tiananmen", em Hong Kong, foram detidos após se terem recusado a cooperar numa investigação de segurança nacional, anunciou hoje o movimento.
A Aliança de Hong Kong de Apoio aos Movimentos Democráticos Patrióticos da China disseram que os quatro fora detida no início da manhã.
A aliança organizou vigílias em Hong Kong no aniversário da repressão chinesa contra manifestantes na Praça Tiananmen em Pequim, em 1989, que resultou num número indeterminado de mortos.
A iniciativa costumava realizar-se anualmente, mas as autoridades proibiram as vigílias durante os últimos dois anos, afirmando que violavam as restrições impostas para combater a propagação da Covid-19.
Os líderes entregaram uma carta à polícia na terça-feira a rejeitar um pedido de detalhes sobre as operações e finanças do grupo.
A polícia tinha advertido que o incumprimento podia resultar numa multa de 100 mil dólares de Hong Kong (10.890 euros) e numa pena de prisão até seis meses.
Recorde-se que a 04 de Junho, completaram-se 25 anos do massacre da Praça da Paz Celestial, um dos eventos mais dramáticos da história recente da China e, ao mesmo tempo, ignorado por muitos.
Naquele dia, o Exército disparou contra os manifestantes para acabar com a pro-democracia que ocuparam a praça durante sete semanas, numa acção que culminou com milhares de mortos. O número nunca foi revelado.
Mesmo em plena era das redes sociais, o governo chinês consegue manter boa parte da maior população do planeta alheia ao que houve há 25 anos.