Bagdá - O Governo iraquiano solicitou que as Nações Unidas encerrem até ao final de 2025 a missão criada no país para promover a governação e as reformas dos direitos humanos, segundo uma carta divulgada sexta-feira.
Na carta enviada na quarta-feira pelo primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, ao secretário-geral da ONU, António Guterres, o executivo de Bagdade justifica que "não há necessidade de continuação" da Missão de Assistência das Nações Unidas ao Iraque.
Al-Sudani disse que o Governo iraquiano "conseguiu alcançar uma série de passos importantes" em áreas que se enquadram no mandato da missão das Nações Unidas, tornando-a redundante.
A missão é prorrogada anualmente pelo Conselho de Segurança da ONU, com o mandato actual a expirar no final deste mês.
Na carta, segundo o site Notícias ao Minuto, al-Sudani não se opõe a uma prorrogação de um ano, mas defende que a missão deveria concentrar-se em concluir as suas tarefas para garantir um encerramento permanente e a transferência das suas responsabilidades até ao final de 2025.
Criada em 2003, na sequência da invasão dos Estados Unidos, que derrubou Saddam Hussein, a missão foi encarregada de uma série de objectivos, incluindo a facilitação do diálogo entre vários grupos do país, a assistência na logística eleitoral, a monitorização dos direitos humanos e a coordenação da ajuda em zonas afectadas por conflitos. JM