Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou que não permitirá que o Irão retome o enriquecimento de urânio a 20% porque demonstra a sua intenção de continuar a desenvolver o seu programa nuclear militar.
Nesta segunda-feira (4), o porta-voz do governo iraniano Ali Rabeie declarou que o Irão retomou o enriquecimento de urânio a 20% na sua instalação nuclear subterrânea de Fordow.
Posteriormente, o primeiro-ministro israelita reagiu à declaração iraniana, mandando um recado ao Irão pelo Twitter: "A decisão do Irão de continuar a violar os seus compromissos, aumentando o nível de enriquecimento [de urânio] e desenvolvendo a capacidade industrial para enriquecimento subterrâneo não pode ser explicada de outra forma a não ser para realização da sua intenção de desenvolver o programa nuclear militar."
"Israel não permitirá que o Irão produza armamento nuclear", alertou Benjamin Netanyahu.
O aumento da produção nuclear foi concretizado após 30 de Novembro, quando no Irão foi assassinado o principal cientista nuclear do país Mohsen Fakhrizadeh. O chanceler da nação persa, Javad Zarif, qualificou o ataque como "covarde acto terrorista", e o vinculou a uma conspiração dos EUA, Israel e Arábia Saudita.
Em resposta, em 3 de Dezembro, o Conselho dos Guardiães do Irão aprovou uma lei que obriga o governo a elevar o enriquecimento de urânio a 20%.