Jerusalém - O Governo israelita aprovou, hoje (segunda-feira), o orçamento do Estado para 2021-22, depois de três anos sem aprovação de uma proposta orçamental devido ao impasse político no país.
"Finalmente, Israel tem um orçamento. Após três anos de estagnação, Israel está de volta ao trabalho", disse o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, após a votação no seu Governo de coligação, citado pela agência France-Presse.
O Ministério das Finanças anunciou, em comunicado, que "o orçamento do Estado para 2021 será de cerca de 432,5 mil milhões de shekels (113 mil milhões de euros) e de cerca de 452,5 mil milhões de shekels (118 mil milhões de euros) para 2022".
Devido a uma longa crise política que levou à realização de quatro eleições, não foi aprovado qualquer orçamento do Estado em Israel desde 2018.
O fracasso em chegar a um acordo sobre o orçamento foi um dos factores que levaram à queda do anterior executivo, liderado por Benjamin Netanyahu, do Likud.
Esse fracasso levou a novas eleições no início deste ano, que acabaram por resultar numa coligação governamental de oito formações políticas, que inclui partidos de extrema-direita e de extrema-esquerda, e um partido árabe.
A coligação governamental dispõe de uma maioria parlamentar de 61 deputados, em 120, que terá de aprovar a proposta de orçamento do Estado.
Se o orçamento não for aprovado, o Parlamento (Knesset) será dissolvido e serão convocadas novas eleições legislativas.
Naftali Bennett, líder da direita nacionalista, disse que o orçamento 2021-2022 "reflecte a preocupação por todos os cidadãos de Israel e não serve nenhum interesse setorial", segundo a agência Associated Press.
De acordo com Bennett, o orçamento inclui investimentos-chave na educação, defesa, ambiente e transportes.