Cairo - Israel rejeitou "todas as iniciativas e mediação" para uma trégua com as facções palestinianas em Gaza que permitisse travar os piores combates em sete anos entre as duas partes, disseram à agência EFE duas fontes da segurança egípcias.
Uma delegação do Egipto - país que tem actuado como mediador entre Israel e o movimento islâmico palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza - esteve na quinta-feira em Telavive para reuniões com responsáveis israelitas, que indicaram pretender realizar uma "ampla operação militar" no enclave palestiniano, antes de qualquer trégua, adiantaram as fontes, que não quiseram ser identificadas.
A delegação do Egipto encontrou-se com responsáveis do Hamas na Faixa de Gaza antes das reuniões com as autoridades israelitas.
A ONU e o Qatar também estão a trabalhar para facilitar a mediação para fazer parar o conflito.
Pelo menos 119 pessoas morreram na Faixa de Gaza, incluindo 31 menores, desde o início dos combates entre Israel e grupos palestinianos na segunda-feira, anunciou hoje o Ministério da Saúde do governo do Hamas.
Entre os mortos estão 19 mulheres e o número de palestinianos feridos subiu para 830, declarou o porta-voz do Ministério da Saúde no enclave, Ashraf Al-Qedra.
O exército israelita realizou esta madrugada a maior operação na Faixa Gaza desde a eclosão do conflito militar, com cinquenta rondas de bombardeamentos por terra e ar em quarenta minutos.
Até agora, as milícias dos grupos islamitas Hamas e Jihad Islâmica lançaram mais de 1.800 foguetes em direcção ao território israelita e pelo menos 430 destes acabaram por cair no enclave.
No total, nove pessoas morreram em Israel, sete delas com o impacto de projécteis e duas após caírem quando corriam em direcção aos abrigos antiaéreos.
A luta entre Israel e o Hamas iniciou-se na segunda-feira após semanas de tensões israelo-palestinianas em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo, nesta zona da cidade ilegalmente ocupada e anexada pelo Estado hebreu, de acordo com a lei internacional.