Gaza – O Israel reprovou hoje as declarações do Presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan, que assegurou que o grupo islamita Hamas "não é uma organização terrorista", mas sim um "grupo de combatentes da libertação".
De acordo com o porta voz porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, Lior Haiat, “ Hamas é uma organização terrorista desprezível, pior que o Estado Islâmico, que assassina brutal e intencionalmente bebés, crianças, mulheres e idosos" e que "toma civis como reféns e usa o seu próprio povo como escudo humano".
Por este facto, o responsável criticou "a tentativa do Presidente turco de defender a organização terrorista" e sublinhou que "as suas palavras incitantes não mudarão os horrores que o mundo inteiro viu e o facto inequívoco de que o Hamas é igual ao Estado Islâmico".
No entanto, Erdogan conhecido pela sua retórica pró-palestiniana que no passado o afastou de Israel disse hoje que, embora o mundo ocidental seja contra o Hamas, o grupo islamita "luta para proteger a sua terra e os seus cidadãos".
Erdogan acusou Israel de "matar crianças" em Gaza através de bombardeamentos, e garantiu que cancelou a visita que planeava fazer a este país depois de se ter reunido no mês passado com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, nos Estados Unidos, como parte do esforço para aprofundar contactos entre os dois países, após o restabelecimento das relações diplomáticas plenas em 2022.
Militantes do grupo Hamas lançaram um ataque surpresa a Israel em 07 de Outubro que resultou na morte de mais de 1.400 pessoas, em massacres em território israelita perto de Gaza, e no rapto de mais de 200.
A invasão, pior em número de mortes na história de Israel, espoletou a guerra entre o Exército israelita e as milícias palestinianas em Gaza, que já dura há 19 dias, enquanto os bombardeamentos continuam no enclave, causando a morte de mais de 6.500 pessoas e mais de 17.000 feridos, de acordo com os últimos dados do Hamas.AM/DSC