Tóquio - O Japão e a Índia iniciaram hoje as primeiras manobras aéreas conjuntas, anunciou o Ministério da Defesa japonês, num esforço para reforçar os laços de defesa face ao crescente poder militar da República Popular da China.
A formação, que decorre na Base Aérea de Hyakuri (Ibaraki, nordeste de Tóquio) e envolve oito caças japoneses, vai prolongar-se até 26 de Janeiro, disse o ministério.
Quatro caças, dois aviões de transporte e um petroleiro de reabastecimento aéreo participam do lado indiano.
O exercício foi adiado devido à pandemia da covid-19, depois de ter sido acordado, pela primeira vez, entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa dos dois países, numa reunião de segurança em Nova Delhi, realizada em Novembro de 2019.
Em Setembro de 2022, os dois países concordaram em reforçar a colaboração em matéria de segurança com iniciativas concretas, tais como exercícios conjuntos destinados a "manter um Indo-Pacífico baseado no Estado de direito e livre de coerção".
Tanto o Japão como a Índia procuraram reforçar as capacidades militares em resposta à ascensão militar da China popular, com a qual Tóquio e Nova Delhi têm disputas territoriais, e no contexto de tensões crescentes na região Ásia-Pacífico.
A Índia é também o quinto país com o qual o Japão organizou tais exercícios bilaterais, depois de Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Alemanha, de acordo com o Ministério da Defesa japonês.
O Japão e a Índia são também membros do grupo Quad, juntamente com a Austrália e os Estados Unidos, um quadro de defesa multilateral que procura consolidar-se em resposta à crescente influência de Beijing na região.
Os líderes do grupo realizaram a última cimeira em Maio de 2022, em Tóquio.