Líbano sem hipóteses de controlar ataques de Hezbollah, diz analista

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  • Luanda     Segunda, 09 Outubro De 2023    17h56  

Beirute - O director do Projecto do Internacional Crisis Grupo (ICG) para o Iraque, Síria e Líbano, o alemão Heiko Wimmen, defendeu hoje que o governo libanês não tem poder para controlar o partido xiita Hezbollah caso este decida atacar Israel em apoio ao Hamas.

Contactado pela agência Lusa por telefone em Beirute, onde está sediado, o responsável destacou que até agora a troca de artilharia entre o Hezbollah e Israel de domingo ainda corresponde aos padrões dos "ataques de dissuasão" em que os dois lados não procuram causar vítimas.

No entanto, avisou Wimmen, a precisão, a qualidade e quantidade do armamento disparado nos próximos ataques, e, sobretudo, o objectivo claro de "matar israelitas" será o sinal de que Hezbollah está a começar um novo confronto armado com Israel.

O exército israelita anunciou que matou a tiro "suspeitos armados" durante confrontos na zona contestada da fronteira entre Israel e Líbano.

A este incidente seguiu-se um ataque aéreo em que helicópteros israelitas bombardearam várias localidades no sul do Líbano, destruindo uma casa vazia, de acordo com a agência de notícias Libanesa NNA.

O analista disse que actualmente, "não restam dúvidas" que o Hezbollah está a apoiar o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) contra Israel.

Segundo Wimmen, os dois movimentos criaram uma "espécie de frente militar unificada" para combater Israel.

Contactados pela Lusa a partir de Beirute, quer o Hezbollah quer o Hamas negaram a autoria dos ataques sobre posições israelitas junto à fronteira com o Líbano, reivindicados pelo movimento Jihad Islâmica numa mensagem publicada na rede social Telegram.

Questionado pela Lusa sobre a possibilidade de haver ataques terrestres a partir do sul do Líbano para o norte de Israel, o responsável do ICG para o Iraque, Síria e Líbano referiu "há muita desinformação e, às tantas, já nem se percebe se tal faz parte de uma guerra psicológica para desviar atenções" sobre o que está a acontecer nas outras áreas de conflito, sobretudo na Faixa de Gaza.

De qualquer forma, acrescentou, os ataques de sábado perpetrados pelo Hamas e a resposta e retaliação de Israel "não têm comparação" com as sucessivas escaramuças anteriores entre o exército israelita e milícias do Hamas em Gaza.

"Há uma escalada muito grande no conflito, que não se compara com o passado recente", defendeu.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.AM/DSC





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