Vilnius - O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, pediu esta terça-feira maior presença militar da OTAN para proteger a fronteira oriental com a Bielorrússia, durante a visita do seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier.
"Esta é uma linha da frente que precisa de ser muito forte. Precisamos de defesa aérea, defesa anti-mísseis e uma presença maior de forças aliadas", afirmou Nauseda, que acrescentou acreditar que a Alemanha será um dos parceiros que ouvirá os seus pedidos.
"O compromisso de longo prazo da Alemanha com a segurança da Lituânia é indispensável para todo o flanco oriental da OTAN. Por outro lado, a Lituânia está pronta para fazer todos os possíveis para que as tropas alemãs se sintam em casa", disse Nauseda, segundo a agência noticiosa DPA.
A capital lituana acolhe em 11 e 12 de Julho a próxima cimeira da Aliança Atlântica (OTAN).
"Sabemos que cada país tem de cumprir os seus deveres, por isso estamos agora a tomar medidas para aumentar o número de tropas na Lituânia", afirmou o presidente alemão.
No ano passado, os dois países (Lituânia e Alemanha) assinaram um acordo sobre o envio de tropas alemãs para a Lituânia, mas até ao momento há apenas um posto de comando ocupado por cerca de 20 soldados.
"Não seria construtivo falar sobre o objectivo final sem fazer o que precisa de ser feito hoje e amanhã", enfatizou Steinmeier.
A Alemanha lidera um grupo internacional de até 1.500 soldados, destacados na Lituânia desde 2017, cerca de 760 dos quais pertencem a uma unidade de combate da OTAN liderada pela Bundeswehr, as forças armadas alemãs.
As tropas russas usaram o território bielorrusso para invadir a Ucrânia a partir do norte em Fevereiro do ano passado e mantiveram-se desde então presentes na Bielorrússia, que faz fronteira com a Lituânia, membro da OTAN.MOY/DSC