Sacramento - A maior árvore do mundo está protegida com uma cobertura resistente ao fogo, na tentativa de salvar o famoso arvoredo de velhas e gigantescas sequoias dos incêndios que grassam na Sierra Nevada, no Estado norte-americano da Califórnia, soube-se de fonte oficial.
A porta-voz dos bombeiros, Rebecca Paterson, disse que a mesma, disignada por General Sherman Tree e localizada no Parque Nacional Floresta das Sequoias Gigantes, foi envolvidos a sua base em alumínio para protecção contra a possibilidade de chamas intensas.
Igualmente foram protegidas com a mesma técnica o Museu da Floresta das Gigantes e outras construções.
O alumínio envolvente pode suportar calor intenso por períodos curtos. Agentes federais adiantaram que têm usado o material ao longo dos anos no oeste dos EUA para proteger das chamas estruturas sensíveis.
Próximo do Largo Tahoe, algumas casas que foram envolvidas por material de proteção sobreviveram a um recente incêndio, enquanto outras, sem esta proteção, foram destruídas.
O Fogo Colony, um dos dois em curso no Parque Nacional das Sequoias e assim designado por referência à área onde começou, deve chegar nos próximos dias à Floresta das Gigantes, onde estão duas mil sequoias.
O incêndio em curso sucede a um ocorrido no ano passado que matou milhares de sequoias, algumas das quais tão altas como arranha-céus e com milhares de anos de existência.
A General Sherman Tree é a maior árvore do mundo por volume, com 1.487 metros cúbicos, segundo o Serviço dos Parques Nacionais. Tem uma altura de 84 metros e uma circunferência (largura de tronco) de 31 metros ao nível do chão.
O superintende dos parques nacionais Sequoia e Kings Canyon, Clay Jordan, sublinhou durante uma reunião com os bombeiros a importância de proteger as imponentes árvores dos fogos de alta intensidade.
Uma história de 50 anos de uso de fogos controlados nos parques de sequoias - dirigidos à remoção de outro tipo de árvores e vegetação suscetíveis de alimentar as chamas - deve ajudar estas gigantes árvores a sobreviver, ao reduzirem o impacto das chamas que as atinjam.
As sequoias estão adaptadas ao fogo, que as pode ajudar, ao libertar sementes dos seus cones e criar clareiras que permitam as jovens sequoias crescer. Mas a extraordinária intensidade dos fogos - alimentada pelas alterações climáticas - pode vencer as árvores.
Isto aconteceu no ano passado, quando o Fogo Castle matou entre 7.500 e 10.600 sequoias, segundo o Serviço dos Parques Naturais.
Uma seca histórica e ondas de calor, associadas ao aquecimento global, dificultaram o combate aos incêndios no oeste dos EUA. Os cientistas têm dito que as alterações climáticas tornaram a região mais seca e quente nos últimos 30 anos e vão continuar a agravar os eventos meteorológicos e a tornar os incêndios florestais mais frequentes e destrutivos.
Estes incêndios florestais são os mais recentes de um longo verão de fogos, que queimaram 9.200 quilómetros quadrados na Califórnia, destruindo centenas de casas.