Médio Oriente: Conflito Israel-Hamas

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  • Luanda     Sexta, 24 Novembro De 2023    15h34  
Mapa da Faixa de Gaza
Mapa da Faixa de Gaza
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Gaza - A trégua de quatro dias acordada entre Israel e o grupo islamita Hamas, que prevê a libertação de 50 reféns em troca da libertação de prisioneiros palestinianos, entrou em vigor hoje às 07:00 (hora local).

A trégua entrou em vigor depois de uma noite em que Israel continuou a atacar a Faixa de Gaza e em que o Hamas lançou mísseis contra dois colonatos israelitas situados perto do enclave palestiniano, cujos habitantes já tinham sido retirados.

Cerca de duas horas antes de a trégua entrar em vigor, o director-geral do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, Mounir Al-Bursh, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que os soldados israelitas estavam "a realizar uma operação no Hospital Indonésio", localizado no norte de Gaza, onde 200 pacientes ainda estão a ser tratados.

As brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, celebraram a "trégua humanitária" que permitirá a "troca de prisioneiros". "Por cada prisioneiro sionista, serão libertados três prisioneiros palestinianos, incluindo mulheres e crianças", sublinharam.

O Hamas confirmou "a cessação total das actividades militares" durante quatro dias.

Uma fonte de segurança do Egipto disse à AFP que uma delegação de segurança egípcia estará presente em Jerusalém e Ramallah para garantir o cumprimento da lista de prisioneiros palestinianos libertados.

Autoridades de segurança de Israel, acompanhadas por pessoal da Cruz Vermelha e agentes egípcios, serão enviadas à fronteira de Rafah para receber os reféns libertados de Gaza, que então voarão para Israel, acrescentou a fonte.

O posto fronteiriço de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egipto e é a única via de acesso ao território governado pelo grupo Hamas não controlada por Israel, irá também assistir à entrada de mais ajuda humanitária no enclave palestiniano.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed Al-Ansari, disse na quinta-feira que 13 mulheres e crianças detidas pelo Hamas em Gaza, todos membros da mesma família, serão libertadas, enquanto um número ainda desconhecido de prisioneiros palestinianos detidos por Israel será libertado ao mesmo tempo.

Depois de mais de um mês e meio de guerra, Israel e o Hamas chegaram a um acordo para um cessar-fogo, que vai permitir a libertação de 50 reféns que as milícias islamitas mantêm dentro da Faixa de Gaza, em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinianos. Em ambos os casos, são mulheres e menores.

Fontes israelitas confirmaram à agência de notícias EFE que, por cada dez reféns adicionais que o Hamas estiver disposto a libertar após os quatro dias, a trégua poderá ser prorrogada por mais um dia, até um máximo de dez dias.

Estima-se que as milícias palestinianas em Gaza tenham como reféns cerca de 240 pessoas, cerca de 210 nas mãos do Hamas e outras 30 nas mãos da Jihad Islâmica Palestiniana.

No total, há pelo menos 40 crianças reféns em Gaza, segundo as autoridades israelitas, que receberam na quinta-feira a lista dos 50 reféns que serão entregues pelo Hamas, embora esta não tenha sido tornada pública por precaução.

Primeiros camiões de ajuda humanitária em Gaza após início de trégua

Os primeiros camiões de uma caravana de ajuda humanitária começaram hoje a entrar na Faixa de Gaza através da fronteira de Rafah, após a entrada em vigor da trégua, avançou a televisão egípcia Al Qahera News.

Num comunicado divulgado antes do início da trégua, Rashwan disse ainda que 130 mil litros de combustível e quatro camiões de gás natural provenientes do Egipto entrarão diariamente no enclave palestiniano.

A televisão egípcia divulgou imagens de camiões a aguardar no posto fronteiriço de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egipto e é a única via de acesso ao território governado pelo grupo Hamas não controlada por Israel.

Rashwan lembrou que o Egipto vai continuar a receber grupos de crianças feridas e doentes vindas da Faixa de Gaza para receberem tratamento médico no país, bem como estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade.

Pela primeira vez desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, as autoridades do Cairo irão permitir que os palestinianos retidos no Egipto regressem à Faixa de Gaza.

Autoridades de segurança de Israel, acompanhadas por pessoal da Cruz Vermelha e agentes egípcios, serão enviadas à fronteira de Rafah para receber os reféns libertados de Gaza, que então voarão para Israel, acrescentou a fonte.

Israel diz que combates serão retomados com intensidade após trégua

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, garantiu hoje que a trégua em Gaza "será breve" e que, assim que terminar, os combates dentro do enclave serão retomados "com intensidade" durante pelo menos mais dois meses.
 

“O que veremos nos próximos dias é, em primeiro lugar, a libertação dos reféns. Esta trégua será breve", frisou Yoav Gallant, durante uma visita às tropas da unidade Shayetet 13 da Marinha israelita.

Fontes israelitas confirmaram à agência Efe que por cada dez reféns adicionais que o Hamas estiver disposto a libertar após os quatro dias, a trégua poderá ser prorrogada por mais um dia, até um máximo de dez dias.

"O que é exigido neste intervalo é organizar, preparar, investigar, reabastecer armas e preparar-se para continuar a (combater) ", pediu Gallant aos soldados.

"Haverá uma continuação, porque precisamos de completar a vitória e criar impulso para os próximos grupos de reféns, que só regressarão graças à pressão militar", acrescentou.

"O Hamas tentará usar os dias do acordo para espalhar o medo, a desinformação e o terror psicológico. O acordo não é o fim do processo, mas o começo", destacou, por sua vez, o porta-voz do Exército israelita, o contra-almirante Daniel Hagari. Garantiu que as tropas vão concentrar-se "no planeamento e na conclusão dos preparativos para as próximas etapas do combate".

A 07 de Outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 5.000 feridos.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, electricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou no 48.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora naquele enclave palestiniano pobre cerca de 15.000 mortos, na maioria civis, e 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.





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