Conflito Israel-Hamas

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  • Luanda     Sábado, 25 Novembro De 2023    19h14  
Mapa da Faixa de Gaza
Mapa da Faixa de Gaza
Divulgaçao

Gaza - O Hamas saudou sábado a "posição clara e corajosa" dos primeiros-ministros espanhol, Pedro Sánchez, e belga, Alexander De Croo, que criticaram na sexta-feira o elevado número de vítimas civis palestinas na guerra de Israel na Faixa de Gaza.

Num comunicado, o Hamas expressa a sua apreciaçáo à "posição clara e corajosa" de Alexander De Croo e de Pedro Sánchez que afirmaram a sua rejeição da destruição de Gaza e da morte de civis.

A nota realça que o primeiro-ministro espanhol condenou a morte indiscriminada de civis, na Faixa de Gaza, pelo Estado ocupante, e apontou a possibilidade de o seu país reconhecer unilateralmente o Estado palestini, se a União Europeia (UE) não der esse passo.

Na sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita convocou os embaixadores de Espanha e da Bélgica por causa das declarações feitas por Sánchez e De Croo no Egito, considerando-as de "apoio ao terrorismo".

No dia seguinte, o primeiro-ministro belga reafirmou o discurso proferido na sexta-feira, no Egito, sobre o conflito na Faixa de Gaza e convocou a embaixadora de Israel na Bélgica para esclarecer as acusações feitas pela diplomacia israelita.

Numa mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter), Alexander De Croo instou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a ler as palavras que proferiu no posto fronteiriço de Rafah.

"É isso que eu defendo. Não há mais vítimas civis", escreveu o primeiro-ministro belga, remetendo para a transcrição do seu discurso que efectuou durante a visita a Israel e à Palestina na companhia do homólogo espanhol, Pedro Sánchez.

No discurso em causa, o primeiro-ministro belga condenou o "horror" perpetrado pelo Hamas, reiterou o direito de Israel a "defender os seus cidadãos" e apelou à libertação de todos os reféns israelitas, mas também pediu a Israel que respeitasse o direito humanitário internacional nas suas operações contra os ataques terroristas e que parasse com a "matança de civis".

"Não podemos aceitar que uma sociedade seja destruída da forma como a sociedade de Gaza está a ser destruída", afirmou De Croo, que defendeu que a "única solução possível" é política e apelou ao "relançamento das conversações" entre as partes.

Numa reação relatada pela agência noticiosa belga, o primeiro-ministro recordou que a Bélgica "condenou nos termos mais fortes as ações do Hamas e afirmou que Israel tem o direito de perseguir os terroristas" e disse que a embaixadora de Israel na Bélgica, Idit Rosenweig-Abu, "será convidada a esclarecer a situação".

O chefe do Governo belga reagiu desta forma depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita ter convocado, na sexta-feira, os embaixadores de Espanha e da Bélgica por causa das declarações feitas por Sánchez e De Croo no Egito, considerando-as de "apoio ao terrorismo".

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, também rejeitou no mesmo dia as acusações, que considerou "totalmente falsas e inaceitáveis" e convocou a embaixadora israelita em Espanha, Rodrica Radian-Gordon.

Os primeiros-ministros espanhol e belga, na qualidade de representantes da actual e da próxima presidência rotativa da União Europeia (UE), respectivamente, visitaram Israel, Palestina e Egipto entre quarta-feira e sábado.

A digressão coincidiu com o primeiro acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel desde o início do conflito, em 07 de Outubro, e os dois governantes europeus reuniram-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, e com o Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas, entre outros.

Irão diz ter mediado a libertação de 10 reféns tailandeses do Hamas

O Irão afirmou sábado ter mediado a libertação de 10 eféns tailandeses sequestrados pelo grupo islamita Hamas e libertados na sexta-feira.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kananí, afirmou que Teerão tem trabalhado para conseguir a libertação dos tailandeses a pedido do governo da Tailândia desde a primeira semana do conflito entre Israel e Gaza.

"Uma lista de nomes dos reféns foi fornecida aos membros do Hamas para ser analisada numa perspetiva humanitária", disse Kananí à agência estatal IRNA, citado pela Efe, explicando que Teerão trabalhou em conjunto com o Qatar para a libertação destes reféns.

A libertação dos dez tailandeses não fazem parte do acordo alcançado entre Israel e o Hamas através da mediação do Qatar, do Egipto e dos Estados Unidos, mas seria o resultado de uma negociação paralela entre a Tailândia e o grupo islâmico.

O governo tailandês expressou o seu agradecimento às autoridades de Israel, Qatar, Irão, Malásia e ao Comité Internacional da Cruz Vermelha, entre outros "envolvidos nos imensos esforços que levaram a esta libertação".

Os libertados fazem parte dos 30 tailandeses (até hoje se pensava que eram 26) detidos entre as mais de 240 pessoas sequestradas pelo braço armado do Hamas durante o seu ataque a Israel a 07 de Outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos, entre eles 39 tailandeses.

Teerão é aliado do Hamas e comemorou o ataque do grupo islâmico a Israel. Desde então tem alertado repetidamente para a possibilidade de os seus aliados abrirem outras frentes se os bombardeamentos de Gaza não pararem, o que já resultou na morte de mais de 14 mil palestinianos.

A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.

Egipto recebeu "sinais positivos" para prolongar cessar-fogo em Gaza

O Governo egípcio tem "sinais positivos", enquanto mediador, de que o cessar-fogo em Gaza poderia ser prolongado "mais um ou dois dias", afirmou hoje o diretor do Serviço de Informação do Estado, que actua como porta-voz.

"Estão em curso intensos contactos egípcios com todas as partes para aumentar o cessar-fogo entre Israel e a Palestina durante mais um ou dois dias", afirmou Diaa Rashwan em comunicado.

Salientou que o Egipto recebeu "até ao momento sinais positivos de todas as partes para prolongar" o cessar-fogo, o que significaria "a libertação de mais reféns em Gaza e prisioneiros palestinianos em prisões israelitas".

O Egipto, juntamente com o Qatar e os Estados Unidos da América, é um dos mediadores do cessar-fogo de quatro dias entre Israel e o Hamas.

Hoje é o segundo dia de tréguas temporárias e espera-se que a troca acordada de reféns e prisioneiros continue.

Na sexta-feira, foram libertados 13 reféns israelitas como parte da trégua, assim como 10 tailandeses e um filipino na sequência de outro acordo.

Após a libertação dos reféns, Israel libertou 39 presos palestinianos, entre os quais se encontravam mulheres e menores.
Irão diz ter mediado a libertação de 10 reféns tailandeses do Hamas

O Irão afirmou hoje ter mediado a libertação de dez reféns tailandeses sequestrados pelo grupo islamita Hamas e libertados esta sexta-feira.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kananí, afirmou que Teerão tem trabalhado para conseguir a libertação dos tailandeses a pedido do governo da Tailândia desde a primeira semana do conflito entre Israel e Gaza.

"Uma lista de nomes dos reféns foi fornecida aos membros do Hamas para ser analisada numa perspetiva humanitária", disse Kananí à agência estatal IRNA, citado pela Efe, explicando que Teerão trabalhou em conjunto com o Qatar para a libertação destes reféns.

A libertação dos dez tailandeses não fazem parte do acordo alcançado entre Israel e o Hamas através da mediação do Qatar, do Egipto e dos Estados Unidos, mas seria o resultado de uma negociação paralela entre a Tailândia e o grupo islâmico.

O governo tailandês expressou o seu agradecimento às autoridades de Israel, Qatar, Irão, Malásia e ao Comité Internacional da Cruz Vermelha, entre outros "envolvidos nos imensos esforços que levaram a esta libertação".

A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.

Jordânia avisa que Telaviv "não pode determinar destino da região"

 Telaviv - O ministro dos Negócios Estrangeiros jordano, Ayman Safadi,  avisou sábado que Israel não pode determinar o destino do Médio Oriente e instou a comunidade internacional a agir, alertando que os israelitas só terão segurança quando palestinianos a tiverem.

"Israel não pode determinar o destino desta região nem pode continuar a levar-nos para o abismo da guerra. É altura de a comunidade internacional agir de acordo com as suas obrigações sob o Direito internacional e no interesse da paz para todos, palestinianos e israelitas", disse hoje Ayman Safadi, no final de uma reunião em Amã com os homólogos português, João Gomes Cravinho, e eslovena, Tanja Fajon, que realizam uma visita conjunta ao Médio Oriente.

O chefe da diplomacia jordana advertiu que "esta guerra não está a trazer paz para os palestinianos nem para os israelitas".

"Israel nunca vai ter segurança a não ser que os palestinos também tenham segurança", alertou, defendendo ainda que Telavive "não pode ficar acima da lei".

Além de estarem a matar milhares de palestinos, a destruir as suas casas, escolas, hospitais, numa flagrante violação da lei internacional, prosseguiu, também estão a criar um ambiente em que "as pessoas na região estão agora mais que indignadas com as atrocidades que Israel está a cometer sobre os nossos irmãos palestinos".

Israel é responsável por isso e não pode ficar acima da lei, tem de ser responsabilizado e os oficiais que são responsáveis por crimes de guerra têm de ser responsabilizados, sublinhou.

O governante defendeu a "urgência" de "uma paz justa e duradoura com vista à solução dos dois Estados que garanta a segurança de palestinianos, israelitas e a todos na região".

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou sábado no 50.º dia e ameaça alastrar.se à toda a região do Médio Oriente, fez até agora, na Faixa de Gaza, cerca de 15 mil mortos, na maioria civis, e mais de 33 mil feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 200 palestinos foram mortos pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos.CS





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