Conflito Israel-Hamas

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  • Luanda     Sexta, 01 Dezembro De 2023    14h20  
Mapa da Faixa de Gaza
Mapa da Faixa de Gaza
Divulgaçao

Gaza - Trinta palestinianos, todas mulheres e menores detidos em prisões israelitas, foram na quinta-feira libertadas, no âmbito do acordo de trégua entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, divulgou a autoridade prisional israelita, citada pela Agência France Presse (AFP).

Estes prisioneiros foram libertados poucas horas antes do final previsto da trégua e após a libertação anteriormente pelo Hamas de oito reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza, aos quais se juntaram dois reféns franco-israelitas libertados na quarta-feira.

As autoridades israelitas tinham adiantado quinta-feira à noite a libertação de seis reféns, que foram transferidos da Faixa de Gaza pela Cruz Vermelha para o Egipto, seguindo depois para Israel, onde já se encontram.

O braço armado do movimento islamita Hamas, as brigadas Ezzedine al-Qassam, tinha também confirmado que este sétimo grupo de reféns foi entregue à Cruz Vermelha.

Israel tinha divulgado antes a libertação de dois reféns israelitas pelo movimento islamita palestiniano Hamas.

O Fórum das Famílias dos Reféns de Gaza disse que se tratam de duas mulheres, que identificou como Mia Schem, 21 anos, e Amit Soussana, 40, noticiou a agência espanhola EFE.

Dos oito reféns israelitas libertados pelo Hamas, dois menores e seis mulheres, três tinham dupla nacionalidade mexicana, russa e uruguaia, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar através da rede social X (antigo Twitter).
O Qatar indicou também que entre os 30 palestinianos libertados estão 23 menores e sete mulheres.

Estas libertações ocorrem no âmbito do acordo entre as duas partes que entrou no sétimo dia e que expira nesta sexta-feira, depois da trégua entre Israel e o Hamas ter sido prorrogada hoje por 24 horas.

Desde sexta-feira, o movimento islamita palestiniano entregou cerca de 10 reféns por dia, enquanto Israel libertou três vezes mais presos palestinianos das suas prisões.

Até agora, 105 reféns do Hamas foram libertados em Gaza, incluindo 81 israelitas e 24 estrangeiros, enquanto Israel libertou 240 prisioneiros palestinos, todas estas mulheres e menores, de acordo com a agência Efe.

A 07 de Outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel  realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, electricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou no 56.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.000 mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 240 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos.

Combates retomam na Faixa de Gaza após fim de trégua

A trégua entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas expirou esta manhã e os combates recomeçaram na Faixa de Gaza, anunciaram os dois lados do conflito.

O exército israelita acusou o Hamas de ter quebrado o cessar-fogo e anunciou a retoma dos combates, minutos depois de ter terminado a trégua temporária estabelecida a 24 de Novembro.

"O Hamas violou a pausa operacional e, além disso, disparou contra território israelita. As Forças de Defesa de Israel retomaram os combates contra a organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza", declarou o exército em comunicado.

O Ministério do Interior da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, afirmou que "os aviões israelitas estão a sobrevoar a Faixa e os seus veículos abriram fogo no noroeste do enclave".

A trégua expirou às 07:00 da manhã (05:00 em Angola).

A interrupção dos combates começou há uma semana, a 24 de Novembro, inicialmente durante quatro dias até ter sido prolongada com a ajuda do Qatar e do Egipto, países mediadores.

Durante a trégua, o Hamas e outros militantes de Gaza libertaram mais de 100 reféns, na maioria israelitas, em troca de 240 palestinianos detidos em prisões de Israel.
Depois de uma semana de tréguas no conflito no Médio Oriente, os ataques não demoraram a ser retomados.

Não só o exército israelita diz ter interceptado um foguete disparado da Faixa de Gaza, pouco antes do fim da trégua, como também foi registada uma nova destruição do lado palestiniano.

Já o ministério da Saúde de Gaza afirmou hoje que pelo menos seis palestinianos foram mortos na sequência de um ataque aéreo israelita a Rafah, no sul da Faixa.

Guterres lamenta reinício dos combates

O secretário-geral da ONU, António Guterres,  “lamenta profundamente” o recomeço das operações militares em Gaza após vários dias de tréguas, numa mensagem publicada hoje na rede social X (antigo Twitter).

"Ainda tenho esperança de que seja possível renovar a pausa humanitária que foi estabelecida", escreveu na publicação, acrescentando que o regresso das hostilidades demonstrava quão importante era haver um cessar-fogo.

Recorde-se que o ministério da Saúde de Gaza já disse que dezenas de pessoas morreram nas últimas horas, na sequência do regresso dos ataques israelitas.

Qatar confirma que negociações continuam, mas ataques complicam

O ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar confirmou, esta sexta-feira, que as conversações com o "objectivo de regressar a uma pausa humanitária" continuam entre Israel e o Hamas, algo que já tinha sido avançado à agência France-Presse por uma fonte próximas das negociações

Em comunicado, o ministério expressou o seu "profundo pesar" pelos novos ataques israelitas a Gaza que começaram logo após o final de uma trégua de sete dias, acrescentando que a situação complica os esforços de mediação e "agrava a catástrofe na Faixa de Gaza".

O ministério da Saúde de Gaza actualizou o número de vítimas mortais decorrentes dos ataques das últimas horas, que começaram logo a seguir ao final da pausa humanitária que não obteve renovação para o 8.º dia.
Segundo o ministério em questão, citado pela Al Jazeera, já morreram pelo menos 21 pessoas, dez das quais na Faixa de Gaza. Outras duas terão morrido em Hamad e nove em Rafah.

As conversações para um novo período de tréguas entre o Hamas e Israel continuam, de acordo com o que uma fonte próxima das negociações contou à agência France-Presse (AFP).

“As negociações ainda estão em andamento com os mediadores do Qatar e do Egipto, apesar da retomada dos ataques aéreos israelitas em Gaza”, garantiu a fonte.

Recorde-se que depois de sete dias de pausa humanitária, os ataques recomeçaram, provocando já a morte várias pessoas.

As autoridades de Israel sabiam dos planos de ataque do Hamas há pelo menos um ano, mas descartaram a possibilidade por serem complicados de executar, avançou na quinta-feira o jornal The New York Times.

Ataques aéreos de Israel atingiram o sul do enclave, incluindo a comunidade de Abassan, a leste da cidade de Khan Younis, informou ainda o Ministério do Interior do território governado pelo Hamas desde 2007.
Um outro ataque atingiu uma casa a noroeste da cidade de Gaza, escreveu a agência de notícias Associated Press (AP).

Esta manhã, ouviram-se fortes e contínuas explosões na Faixa de Gaza, com fumo negro a espalhar-se pelo território, continuou a agência norte-americana.

Em Israel, as sirenes soaram em três quintas comunitárias perto da Faixa de Gaza, alertando para o lançamento de foguetes, referiu ainda a AP, apontando que este é um sinal de que também o Hamas terá retomado os ataques.

Jordânia lança ajuda médica para Gaza perto do final da trégua

Um avião da Força Aérea da Jordânia lançou quinta-feira um carregamento de ajuda médica urgente para o hospital de campanha deste reino na Faixa de Gaza, na terceira operação deste género e enquanto se aproximava o final da trégua.

A agência de notícias estatal jordana Petra adiantou que esta operação foi realizada para "desenvolver as capacidades do hospital e fornecer serviços de saúde" aos feridos, numa altura em que quase todos os hospitais da Faixa de Gaza foram encerrados.

O hospital de campanha da Jordânia, estabelecido em 2009 no bairro de Al Rimal, no norte da cidade de Gaza, continua a funcionar "apesar das difíceis condições que atravessa como resultado dos bombardeamentos israelitas", referiu fonte militar citada pela Petra.

Esta é a terceira operação deste género executada pela Jordânia, depois do envio em 06 e 11 de Novembro em acções consentidas e coordenadas com Israel.

O lançamento da ajuda médica urgente ocorreu também poucas horas antes de expirar a trégua entre o grupo islamita palestiniano Hamas e Israel em Gaza. O acordo foi prorrogado hoje às primeiras horas da manhã, até às 07:00 de sexta-feira (05:00 em Angola), a poucos minutos de terminar o prazo para o fim da trégua.

Esta trégua humanitária temporária está a permitir a troca de reféns detidos pelo Hamas por prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas e o aumento da chegada de ajuda humanitária a toda a Faixa de Gaza.

Também hoje, o rei Abdullah II da Jordânia reuniu-se com altos funcionários de agências das Nações Unidas, do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e de outras organizações não-governamentais (ONG) para explorar mecanismos alternativos de entrega de ajuda à Faixa. CNB/CS





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