Cidade do México - Oito corpos desmembrados foram abandonados em duas carrinhas juntamente com mensagens do Cartel de Jalisco - Nova Geração (CJNG) em Veracruz, Estado no leste do México, confirmaram segunda-feira as autoridades mexicanas.
A procuradora-geral do Estado de Veracruz, Verónica Hernández Giadáns, explicou em conferência de imprensa que, após análise forense, foram associados a pessoas os restos mortais encontrados na noite de 28 de Janeiro e na madrugada de 29 de Janeiro no porto de Tuxpan.
A responsável indicou que existem oito corpos, que foram analisados por uma equipa multidisciplinar da Unidade Integral de Serviços Médicos Forenses de Nogales.
Mais de 20 dias após a descoberta, a procuradora explicou que foram identificadas três das vítimas e os seus corpos entregues às famílias, todas do município de Poza Rica.
"Este é o resultado de relatórios e entrevistas realizadas pela Polícia Ministerial, bem como do processo de identificação forense nas áreas da genética, antropologia e odontologia", frisou.
Dos cinco corpos restantes, Verónica Hernández Giadáns destacou que existe uma provável hipótese de identidade, que será confirmada brevemente.
Os restos mortais, juntamente com 'mensagens de narcotráfico', apareceram dentro e na lateral de dois veículos, numa estrada de acesso ao porto de Tuxpan.
As mensagens assinadas pelo CJNG, uma das organizações criminosas mais violentas do México, continham ameaças contra opositores e possíveis combatentes de origem guatemalteca.
Nas últimas duas décadas, Veracruz sofreu com a violência relacionada com a operação de cartéis de drogas, que diversificaram as suas actividades para sequestros, tráfico de migrantes e extorsão.
Durante 2023, Veracruz ficou em sétimo lugar a nível nacional com o maior número de actos de violência extrema, conforme documentado pela organização civil Causa en Común.
Em Setembro, pelo menos 18 corpos desmembrados, embalados e dentro de congeladores, apareceram num esconderijo no norte de Veracruz, um acontecimento que chocou o país.
O Presidente Andrés Manuel López Obrador atribuiu a maior parte dos assassinatos a confrontos entre grupos criminosos, que em 2023 diminuíram mais de 4%, para 29.675, segundo dados do Ministério de Segurança e Protecção ao Cidadão.CS