ONU pede medidas para combater utilização de crianças em conflitos

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  • Luanda     Segunda, 28 Junho De 2021    20h38  
Bandeira da ONU
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Nova Iorque - Vários membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) apelaram hoje, segunda-feira, para a tomada de medidas para combater a utilização de crianças em conflitos, um fenómeno em crescimento no Sahel.

"As crianças vão contar-vos histórias que nenhuma criança deve ser capaz de contar", de serem "recrutadas à mão armada, violadas, forçadas a assassinar irmãos ou os seus pais", afirmou a embaixadora dos Estados Unidos da América na ONU, Linda Thimas-Greenfield, durante uma videoconferência de chefes de Estado sobre o tema das crianças em conflitos.

"Estas crianças não são muitas vezes maiores que as armas que transportam. São ensinados a cometer crimes de guerra antes de poderem contar. Para dar apenas um exemplo, no início deste mês, na aldeia de Solhan, na região de Sahel (no Burkina Faso), um grupo armado não estatal matou mais de 130 civis, muitos dos quais crianças. Este grupo armado? Eram principalmente jovens entre os 12 e os 14 anos", apontou a diplomata norte-americana, citada pela agência France-Presse sobre o facto de haver "crianças a matar crianças".

Em 23 de Junho, o Governo do Burkina Faso anunciou que este massacre, o mais mortífero da história recente do país, foi perpetrado principalmente por crianças.

O ataque à aldeia de Solhan, na região norte de Sahel, provocou a morte de 132 pessoas, segundo o balanço oficial do Governo, mas um oficial do Estado-Maior das Forças Armadas do Burkina Faso disse à Efe, sob anonimato, que há pelo menos 160 mortos.

Kersti Kaljulaid, Presidente da Estónia e presidente em exercício do Conselho de Segurança, também se pronunciou contra a utilização de crianças na guerra.

Segundo a chefe de Estado, "a situação das crianças em conflitos armados tem sido marcada por um elevado número sustentado de violações graves", prosseguiu, acrescentando que a pandemia de covid-19 não ajudou este "alvo fácil".

Segundo o mais recente relatório do secretário-geral da ONU, António Guterres, foram registadas mais de 26 mil violações graves contra crianças, havendo um aumento acentuado desde 2019.

O Burkina Faso, um país do Sahel, que faz fronteira, entre outros, com o Mali e o Níger, tem vindo a enfrentar, nos últimos seis anos, ataques 'jihadistas' cada vez mais frequentes e mortais.

A espiral de violência 'jihadista' no Burkina Faso fez mais de 1.400 mortos desde 2015 e deslocou mais de um milhão de pessoas.



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