Paquistão rejeita responsabilidade pela morte de jornalista no Quénia

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  • Luanda     Quinta, 27 Outubro De 2022    15h35  

Islamabad - O principal serviço de inteligência do Paquistão, o ISI, rejeitou hoje qualquer responsabilidade na morte de um jornalista veterano paquistanês, assassinado no Quénia depois de deixar o país por alegadas ameaças constantes à sua vida.

O jornalista exilado Arshad Sharif, um conhecido crítico do exército paquistanês, foi morto a tiro no passado domingo pela polícia no Quénia, quando, alegadamente, não parou num posto de controlo rodoviário.

O seu funeral, realizado hoje em Islamabad, foi seguido por milhares de pessoas, enquanto o director-geral do ISI (Inter-Services Intelligence), Nadeem Anjum, dava uma conferência de imprensa na cidade de Rawalpindi, perto da capital, na qual assegurou que o jornalista terá sido assassinado por uma questão de "erro de identidade".

Esta é a primeira vez que o mais alto responsável desta organização surgiu em público para dar explicações sobre um caso, o que mostra a relevância do assassinato de Sharif e a força da pressão pública, que culpa o ISI por estar envolvido na morte.

"Como director desta agência, não posso ficar calado quando a instituição está a ser atacada sem motivo", justificou Anjum, referindo que as autoridades estão a trabalhar em conjunto com os seus homólogos quenianos para esclarecer o que aconteceu.

"De acordo com a investigação preliminar, [a morte] deveu-se a um erro de identidade, mas talvez nem nós nem o Governo estejamos completamente convencidos", admitiu.

Por isso, adiantou, o Governo do Paquistão vai enviar uma equipa de investigadores ao Quénia para ajudar no caso localmente, já que, especificou o responsável do ISI, "deve ser esclarecido se se trata de um caso de erro de identidade ou de assassinato selectivo".

"Há várias perguntas que têm de ser respondidas", reiterou, defendendo ser necessário uma "investigação transparente e justa".

O jornalista trabalhou durante vários anos e até Agosto deste ano para o canal paquistanês ARY. Nessa altura decidiu deixar o país alegando estar a ser alvo de ameaças constantes à sua vida.

Sharif mencionou em Setembro ter recebido informações de que "seria eliminado".





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