Nova Delhi - O Presidente chinês, Xi Jinping, vai voltar a faltar hoje à cimeira virtual do G20, tal como aconteceu em Setembro de 2023, quando não participou na última cimeira presencial do grupo, em Nova Delhi.
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, vai voltar assim a representar a China na cimeira, organizada pela anfitriã Índia, país que espera contar com a presença de uma "grande maioria" dos líderes mundiais no evento.
O ministério dos Negócios Estrangeiros chinês instou na terça-feira o G20 a "reforçar a sua parceria e consenso", para "enfrentar os desafios globais e dar contributos positivos" para a recuperação económica mundial e o desenvolvimento comum, tendo em conta a "situação internacional turbulenta".
A ausência de Xi na Índia, em Setembro de 2023, já foi interpretada por especialistas chineses como um sintoma do "valor decrescente" que a China atribui ao bloco, por "poder exercer uma influência limitada" sobre este.
O presidente chinês, que tem mantido uma agenda diplomática preenchida desde que a China desmantelou a política de 'zero casos' de covid-19, em Dezembro do ano passado, participou noutras cimeiras virtuais do G20 em anos anteriores.
Os analistas chineses destacam as disputas territoriais entre Pequim e Nova Delhi como mais um motivo pelo qual Xi optou por delegar ao primeiro-ministro a responsabilidade de representar a China, especialmente enquanto a Índia ocupa a presidência rotativa do bloco (G20).
Também ausente da reunião está o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se reuniu com Xi na semana passada em São Francisco, à margem da cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia - Pacífico (APEC).
A reunião virtual do G20 organizada pela Índia é a última a ser organizada sob a presidência de Nova Delhi, uma vez que o Brasil assume a liderança do bloco a partir de 1 de Dezembro.AM/DSC