Washington – O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, é aguardado esta segunda-feira na Polónia para uma visita de dois dias que marcará um ano de invasão da Rússia à Ucrânia.
De acordo com a Sky News, é esperado que Joe Biden e o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, discutam o aumento da presença de tropas norte-americanas no país, numa altura em os EUA já têm cerca de 11 mil soldados em rotação na Polónia.
Na Polónia, país fronteiriço com a Ucrânia, Biden vai encontrar-se ainda com o homólogo polaco, Andrzej Duda, "para falar sobre a cooperação bilateral e esforços colectivos para apoiar a Ucrânia e fortalecer as capacidades de dissuasão da Otan", adiantou a Casa Branca quando anunciou a deslocação.
O democrata agradecerá a Duda pelos 3.800 milhões de dólares (cerca de 3.570 milhões de euros) em ajuda enviados à Ucrânia, por acolher 500 mil refugiados ucranianos e por acolher forças dos EUA na região.
Após essa reunião, o Presidente dos EUA fará um discurso em Varsóvia por ocasião do primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
A visita, agendada até quarta-feira, vai servir para "reafirmar o apoio inabalável dos Estados Unidos à segurança da aliança", referiu a porta-voz da Casa Branca Karine, Jean-Pierre, na sexta-feira.
Desde o início da guerra na Ucrânia, os EUA destinaram 29.300 milhões de dólares (cerca de 27.540 milhões de euros) em ajuda militar a Kiev, tornando-se o maior doador de ajuda militar.
O governo polaco já manifestou o desejo de que Biden "anuncie o estabelecimento de bases militares permanentes da Otan na Polónia" durante a sua próxima visita ao país.
A invasão russa causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.