Roma - O Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou este sábado que, entre as cerca de duas centenas de camiões com ajuda humanitária prontos para entrar na Faixa de Gaza, encontram-se alimentos para apoiar 500 mil pessoas.
Programa Alimentar procupado com acesso de bens básicos para Gaza
Roma - O Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou este sábado que, entre as cerca de duas centenas de camiões com ajuda humanitária prontos para entrar na Faixa de Gaza, encontram-se alimentos para apoiar 500 mil pessoas.
Numa publicação na rede social Twitter (agora X), a directora executiva do programa, Cindy Mccain, exigiu que fosse dado "acesso sustentável e garantido" aos agentes humanitários no local, para que a população palestiniana civil seja ajudada pelas organizações não-governamentais que tentam lidar com a gravíssima crise humanitária.
"Este conflito está a ter um impacto horrível nos civis, a comida vai acabar em poucos dias e há uma falta perigosa de água, medicamentos e outros recursos", alertou a responsável.
As declarações de McCain foram publicadas pouco antes das autoridades do Hamas terem confirmado que os primeiros 20 camiões com ajuda humanitária iriam entrar na Faixa de Gaza, com recursos médicos oferecidos pela Organização Mundial de Saúde.
Apesar de serem pouquíssimos recursos para a enorme quantidade de pessoas em risco, é o primeiro passo na abertura de Rafah a uma ajuda humanitária recorrente, depois de duas semanas de grande devastação em Gaza por parte das forças israelitas.
Ao longo deste período, após o ataque do Hamas no passado dia 7 de Outubro, Israel implementou um "cerco total" à Faixa de Gaza, cortando todo o fornecimento de água, luz, combustível, comida e recursos médicos para a região, ocupada há cerca de duas décadas e cujo acesso e necessidades básicas já eram completamente controladas pelo exército israelita.
Várias organizações não-governamentais, incluindo a ONU, apontaram para a grave crise humanitária, com o cerco a deixar a população vulnerável e os bombardeamentos constantes a matarem quase 5 mil civis - o maior valor de palestinianos mortos de sempre em qualquer momento de guerra ou ocupação em várias décadas.
A Faixa de Gaza faz parte dos territórios palestinianos ocupados, sendo gerido pelo governo do Hamas, um grupo fundamentalista, que se distanciou do governo da Autoridade Palestiniana na Cisjordânia.DSC