Pyongyang - A Coreia do Norte considerou nesta quarta-feira que os EUA e a Coreia do Sul perderam a oportunidade de melhorar as relações e correm o risco de uma "crise de segurança séria", ao optar por escalar as tensões enquanto conduzem exercícios militares conjuntos.
Pyongyang afirma que Seul pagará um preço alto por escolher a aliança com Washington em vez da paz entre as duas Coreias.
O general e político norte-coreano Kim Yong-chol criticou Seul e Washington por terem respondido à boa vontade de Pyongyang com "actos hostis". A oportunidade de melhorar os laços entre as duas Coreias perdeu-se por causa dos exercícios conjuntos.
"Vamos fazê-los entender a cada minuto a escolha perigosa que eles fizeram e a crise de segurança séria que enfrentarão por causa da sua escolha errada", disse Kim, citado pela KCNA.
Seul deve "entender claramente o quanto eles têm que pagar" por escolher a aliança com Washington em vez da paz entre as Coreias, declarou o general e político norte-coreano. A Coreia do Norte vai "fazer o tem que fazer", dado que o país não tem outra opção devido à confrontação com a Coreia do Sul e Estados Unidos.
Por sua vez, hoje (11), o embaixador chinês em Seul, Xing Haiming, exortou as duas Coreias a se entenderem melhor, para restabelecer a paz na península coreana.
"As relações intercoreanas devem ser melhoradas. Afinal, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul pertencem ao mesmo povo e nós só esperamos que façam esforços para se darem bem uma com a outra", disse Xing.
Terça-feira (10), Kim Yo-jong, alta funcionária norte-coreana e irmã de Kim Jong-un, também declarou que a Coreia do Sul e os Estados Unidos pagariam um preço por continuar com os exercícios militares conjuntos anuais.
Segundo ela, a paz apenas seria possível se os EUA retirassem o seu contingente e equipamento militar da Coreia do Sul.