Amã - O rei Abdullah II da Jordânia defendeu hoje o fim da violência na Faixa de Gaza através dum "horizonte político" que conduza à criação de um Estado palestiniano, para o que é "absolutamente necessário" pôr fim ao conflito.
Numa declaração divulgada após ter recebido o Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio Real de Amã, o monarca jordano defendeu também ser "imperioso" evitar uma "explosão de violência" na região, na sequência do conflito desencadeado após os ataques de 07 deste mês do movimento islamita Hamas a Israel.
Abdullah sustentou que o mundo deve agir "imediatamente" para parar a guerra e "pôr fim ao ciclo de violência através de um horizonte político que ponha termo ao conflito israelo-palestiniano".
Esta solução, argumentou, deve "garantir a segurança" e "alcançar uma paz justa e abrangente através da solução de dois Estados", lê-se no comunicado publicado pela Casa Real da Jordânia no seu portal na Internet, após o encontro, no âmbito da digressão regional do Presidente francês.
Nesse sentido, Abdullah II pediu à comunidade internacional que "exerça pressão urgente" sobre Israel para que "pare a guerra, proteja os civis e ponha fim ao cerco contra a Faixa de Gaza", ao mesmo tempo que alertou mais uma vez para o agravamento da crise humanitária no enclave palestiniano.
O rei jordano sublinhou a importância da entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e reiterou a rejeição a "qualquer tentativa" de deslocação dos palestinianos de Gaza, quer para o interior do enclave quer para os países vizinhos, o que já descreveu no passado como "uma 'linha vermelha'".
O grupo islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, é considerado uma organização terrorista pela União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos e Israel.
Até ao momento, as autoridades da Faixa de Gaza confirmaram a morte de mais de 6.500 palestinianos na sequência dos bombardeamentos israelitas após os ataques do Hamas de 7 de Outubro.
Além disso, a Autoridade Palestiniana comunicou mais de uma centena de mortos na Cisjordânia, provocadas pela contra-ofensiva israelita.DSC.