Londres - O Reino Unido assinala hoje (terça-feira) o 40.º aniversário da "libertação" das Malvinas, um arquipélago do Atlântico Sul controlado pelo Reino Unido após um confronto armado com a Argentina que deixou marcas.
"Há quarenta anos (...) as forças britânicas libertaram as Malvinas. Lutaram corajosamente para defender o direito das pessoas a determinarem o seu futuro e lembrar-nos-emos sempre dos seus esforços e sacrifícios", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, num vídeo publicado na rede social Twitter.
A Legião Real Britânica planeou uma cerimónia comemorativa no National Memorial Arboretum, um bosque no centro de Inglaterra criado para homenagear veteranos das guerras, para antigos militares e familiares das vítimas.
A cerimónia será transmitida em directo na Internet durante a tarde, juntamente com uma outra em Port Stanley, a capital das Malvinas, onde o "Dia da Libertação" é um feriado público.
O confronto de 74 dias entre o Reino Unido e a Argentina em 1982 após a invasão do território a 02 de Abril fez mais de 900 mortos, dos quais 649 soldados argentinos, 255 britânicos e três habitantes das ilhas.
A rendição das forças argentinas foi anunciada a 14 de Junho de 1982 no Parlamento pela primeira-ministra, Margaret Thatcher, que destacou quase 30.000 soldados para libertar o arquipélago.
Reivindicado pela Argentina por estar a 400 quilómetros da costa, o território está sob controlo britânico desde 1833, apesar de se situar a 13.000 quilómetros de Londres.
Em 2013, os eleitores do arquipélago votaram quase unanimemente num referendo a favor de se manter sob a coroa britânica.
"Hoje, as Malvinas prosperam como membro da família britânica", "um modelo de liberdade e democracia como um território ultramarino autónomo", vincou Liz Truss.
A ministra disse que o Reino Unido não hesitará em intervir novamente para "defender o direito das Malvinas à autodeterminação".
"Devemos permanecer vigilantes contra as ameaças à liberdade, soberania e autodeterminação", continuou, citando a invasão russa da Ucrânia e as ambições expansionistas da China.