Damasco - Pelo menos seis combatentes estrangeiros ligados ao regime sírio foram mortos hoje em ataques israelitas a depósitos de armas perto de Damasco, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
"Seis milicianos não sírios foram mortos" nos ataques, indicou o OSDH.
A defesa antiaérea síria interceptou "um bom número de mísseis, mas muitos atingiram os seus alvos e causaram danos".
Desde o início da guerra na Síria, em 2011, Israel realizou centenas de ataques contra posições do poder sírio e das forças aliadas de Damasco - o Irão e o grupo libanês Hezbollah, dois dos inimigos de Israel.
Em Damasco, a agência de notícias oficial Sana, citando uma fonte militar, acusou "o inimigo israelita de realizar uma agressão com vários mísseis (disparados) dos montes de Golã, na Síria ocupada, e da Galileia".
De acordo com a imprensa estatal síria, "a maioria" dos mísseis foram abatidos pelo exército sírio".
Em Jerusalém, um porta-voz do exército israelita, contactado pela agência de notícias AFP, disse que não poderia "comentar" esta informação.
Israel, que raramente confirma os seus ataques à Síria, continua a insistir que não permitirá que aquele país se torne o ponto de apoio das forças iranianas.
Em 2020, cerca de 50 alvos foram atacados, de acordo com um relatório anual divulgado pelo exército israelita.
Em meados de Janeiro, quase 60 soldados e combatentes pró-regime foram mortos em ataques supostamente israelitas contra a província síria de Deir Ezzor (leste). Foi o ataque mais mortal já realizado pelo Estado judeu na Síria, de acordo com o OSDH.
Desencadeada em Março de 2011 pela repressão sangrenta das manifestações pró-democracia, a guerra na Síria cresceu em complexidade ao longo dos anos com o envolvimento de potências estrangeiras e um aumento de facções armadas.
O conflito já matou mais de 387.000 pessoas.