Damasco - A Síria condenou, neste domingo, a transferência de forças dos EUA e da OTAN para a fronteira com a Rússia, segundo o Ministério das Relações Exteriores do país.
No início da semana, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que os EUA e a OTAN planeavam mover as suas forças para perto das fronteiras do país, razão pela qual Moscovo implantou as suas próprias forças na região para conter isso.
"A República Árabe Síria condena a redistribuição de forças adicionais dos EUA e da OTAN em direcção à fronteira russa, isso pode representar uma ameaça à paz e segurança internacionais", disse o ministério num comunicado, de acordo com a publicação da SANA, agência de notícias estatal da Síria.
Ainda segundo disse a fonte oficial da chancelaria síria à SANA neste domingo (18), a medida de escalada dos EUA é um reflexo da política de intervenção dos EUA nos assuntos de outros países. Conforme a publicação, os EUA buscam impor medidas coercivas sobre outros países na tentativa de subjugá-los às políticas de Washington e manter a hegemonia norte-americana no mundo.
A fonte acrescentou que a Síria rejeita esse método de Washington nas relações internacionais e expressa total solidariedade com a Rússia e com os procedimentos de Moscovo, "necessários para preservar a segurança nacional" e proteger a paz e a estabilidade na região e no mundo. Ainda segundo a fonte, tais acções se dão à luz das ameaças resultantes das "políticas imprudentes dos EUA".
Os EUA e a OTAN reclamaram recentemente do reforço da presença militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia. A Rússia afirma que o movimento de tropas visa garantir a segurança nacional em resposta ao próprio aumento de tropas da OTAN perto da fronteira com a Rússia.